A reivindicação dos investidores em pequenas centrais hidrelétricas pelo retorno de forma competitiva da fonte aos leilões de energia no ambiente regulado ganhou reforço da Confederação Nacional da Indústria e da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base. "A estimativa que nós fizemos é de que só em PCH você pode ter em torno de R$ 10 bilhões em investimento nos próximos anos. E o importante é que são investimentos pulverizados, que não estão concentrados em um estado", afirmou o presidente da CNI, Robson Andrade, após reunião na quarta-feira, 24 de outubro, com o ministro interino de Minas e Energia, Marcio Zimmermann.
No encontro, o pleito do segmento foi apresentado como uma proposta conjunta da confederação, da Abdib e da Associação Brasileira de Energia Limpa. Charles Lenzi, presidente da Abragel, explicou que a ideia era exatamente para reforçar o ponto de vista dos empreendedores e mostrar a importância da fonte para o sistema e os benefícios que ela traz para o país. Lenzi destacou que existem muitos investidores interessados em explorar esse tipo de usina e calculou que 8 mil MW estão prontos para serem implantados.
"Entendemos que uma das maneiras mais simples de garantir a retomada seriam leilões por fonte. Se não for possível, que se considere as externalidades de todas as fontes pariticipantes", disse o executivo. Entre os aspectos a serem considerados estariam o fato de que as PCHs não demandam reforços adicionais no sistema, têm tecnologia totalmente nacional e geram empregos, além da maior confiabilidade, por permitirem o gerenciamento dos reservatórios.
As vantagens também foram apontadas por Andrade, ao defender que os leilões não devem contemplar apenas fontes como a éolica, termelétricas ou grandes hidrelétricas. Ele disse que a participação das PCHs nos certames sempre foi possível, mas o país parou e agora precisa abrir espaço novamente para a fonte. Além de Andrade e de Lenzi, também participou da reunião no MME o presidente da Abdib, Paulo Godoy.(Canal energia)
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