As empresas estaduais de energia elétrica terão R$ 500 milhões a mais em crédito do governo federal para obras da Copa do Mundo de 2014, mais que o dobro dos recursos previstos anteriormente. De acordo com o Ministério da Fazenda, foi identificada a necessidade de mais dinheiro para investimentos que vão garantir o fornecimento de energia durante o evento e evitar "apagões" durante os jogos.
O limite de endividamento dessas empresas é definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que autorizou ontem essas companhias a pegarem mais empréstimos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essas elétricas já possuíam limite extra de crédito de R$ 350 milhões para fazer essas obras desde setembro de 2010. O valor foi ampliado para R$ 850 milhões.
A linha vale apenas para empresas de Estados em que há cidades-sede do evento. Entre elas, Eletropaulo (SP), Light (RJ), Cemig (MG) e CEB (DF). As cidades com maior número de obras serão Belo Horizonte (37), São Paulo (23), Porto Alegre (22), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (12) e Brasília (11). O prazo de conclusão previsto para os empreendimentos vai até janeiro de 2014.
Governo liga térmicas para garantir energia
A partir de amanhã, todas as termoelétricas disponíveis no sistema elétrico brasileiro entrarão em operação ao mesmo tempo para tentar recuperar o volume de água dos reservatórios. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em algumas regiões, as represas estão com o pior nível de armazenamento dos últimos 11 anos.
É o caso das usinas da região Sudeste/Centro-Oeste, cujos reservatórios estão em 47,89% da capacidade. No fim de 2000, antes do anúncio do racionamento de 2001, o nível era de 30,75%. Para especialistas, ainda é cedo para avaliar os reais riscos do sistema elétrico, mas a sinalização não é boa. A expectativa do ONS é que as chuvas de novembro e dezembro consigam elevar o volume de água nos reservatórios de forma mais consistente.
"Na região Sul (cujo nível está em 44,78%), já está começando a chover", argumentou o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. As termoelétricas apenas vão parar de operar se o nível dos reservatórios subirem acima da meta de segurança. Isso significa aumento na conta de luz do brasileiro.
As usinas que começarão a gerar energia a partir de amanhã são movidas a óleo combustível e diesel, caras e poluentes - algumas unidades já começaram a operar na semana passada. O preço do megawatt hora (MWh) gerado por essas unidades varia entre R$ 310,41 e R$ 1.047,38, segundo relatório do ONS. As térmicas a gás, que já estão em operação, tem custo entre R$ 6,27 e R$ 401,67; e as movidas a carvão, entre R$ 56,34 e R$ 341,89. Juntas, as centrais elétricas vão produzir cerca de 11 mil megawatts médios (MWmédios). (O Estado de S.Paulo)
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