O novo pacote de energia anunciado pelo governo, que deve reduzir as contas dos brasileiros entre 16,2% (consumidores residenciais) e 28% (grandes indústrias), não tem levantado incertezas apenas para as geradoras de energia. As mudanças no preço ofertado afetarão também o setor de energia solar, que deve perder competitividade. “Com a redução das tarifas, a energia solar perde um pouco a competitividade, mas as condições de inserção permanecem válidas, porque há uma tendência estrutural de queda do custo dos painéis fotovoltaicos”, avaliou Almicar Guerreiro, diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Segundo o executivo, a barreira enfrentada pelo setor no Brasil, que atualmente é o quarto maior produtor de quartzo (matéria prima para a produção de silício), é o custo da energia solar fotovoltaica, superior a R$ 400 por megawatthora (MWh), enquanto o preço médio de outras fontes fica em torno de R$ 100/MWh. “A energia solar ainda tem dificuldade de concorrer com outras fontes”, destacou Guerreiro durante a conferência “O futuro Solar: Brasil”.
Mesmo diante de um cenário desafiador, empresas brasileiras como a AES Eletropaulo e CPFL Energia já estão se arriscando em energias renováveis, especialmente a solar.
Vinícius Teixeira, gerente de Inovação e Transformação da CPFL, explica que a empresa iniciou estudos ligados a energia solar em 2007. “Temos que ficar atentos às novas tecnologias e olhar isso como uma oportunidade de negócio.”
Recentemente a empresaanunciou investimento de R$ 13,8 milhões em um projeto no Estado de São Paulo de geração de energia limpa e renovável com painéis solares fotovoltaicos e que deve gerar aproximadamente 1,6 GWh/ano a partir de 2013. “O setor ainda enfrenta encargos pesados que acabam elevando o preço ao consumidor”, diz o executivo que vê nos próximos anos um cenário interno com geração atingindo 50 MW.
Outra empresa também atenta às oportunidade da energia solar é a AES Eletropaulo, que iniciou a instalação de placas fotovoltaicas no estádio do Corinthians, localizado na cidade de São Paulo. O projeto terá capacidade instalada de 1 MWh e vai atender apenas a demanda do clube que receberá a abertura da Copa de 2014. “Até 2016 teremos cinco tecnologias de energia sustentável no sistema da AES”, destaca Suuny Jonathan, especialista em inovação da companhia que acredita que nos próximos anos a empresa terá uma geração de 5 MW. (Brasil Econômico)
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