O Ministério de Minas e Energia e a EPE, órgão da pasta responsável pelo planejamento do setor, estão "nos finalmentes" para concluir a próxima edição do Plano Decenal de Energia (PDE). O documento traçará cenários para a expansão da geração e da transmissão no País nos próximos dez anos.
Ao falar sobre o estudo nesta quarta-feira (29/8), durante evento no Rio de Janeiro, o secretário de desenvolvimento e planejamento energético do MME, Altino Ventura Filho, disse que as usinas hidrelétricas seguirão como prioridade do governo. Mas apontou que a geração a partir dos ventos ganhará mais espaço.
De acordo com Ventura, as hidrelétricas serão responsáveis por cerca de 50% da expansão prevista. Do restante, 30% serão divididos entre usinas a biomassa e parques eólicos. Embora tenha preferido não adiantar muitos detalhes, Ventura disse que a relação entre as duas fontes será invertida.
Na última edição do PDE, estavam previstos 16% de plantas a biomassa e 14% de eólicas. Mas o secretário do MME já adianta que a proporção das usinas a vento no planejamento aumentará bastante, principalmente devido aos últimos certames, que têm contratado cada vez mais projetos da fonte. "A eólica se tornou mais importante", admitiu Ventura.
Ao mesmo tempo, o executivo do governo admitiu que a biomassa passa por uma "crise" e um "momento não muito bom". Ainda assim, o foco do MME é apoiar as fontes alternativas na complentação de hidrelétricas. (Jornal da Energia)
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