No
pacote de novas regras para concessões de infraestrutura, que
o governo quer lançar para reativar a economia, o setor de
energia é alvo de debates. A
gestão Dilma quer reduzir o custo da luz. Para isso, além
de retirar tributos federais, estuda mudar a lei para permitir a
renovação das atuais concessões de
hidrelétricas. Pela
legislação, quando os contratos vencerem -a partir de
2015-, as empresas deveriam devolver as usinas à União.
Para permitir que as atuais concessionárias mantenham o
direito de explorá-las, o governo quer que elas reduzam o
preço da energia já a partir do próximo ano. Com
o pacote completo, técnicos do governo estimam uma tarifa até
30% mais barata. Para as indústrias, no entanto, novos leilões
baixariam ainda mais o custo, chegando até a 50%. O argumento
é que as usinas têm, em média, 56 anos, e os
investimentos já foram amortizados. (Folha)
Light tem novo presidente e velhos problemas pela frente
O novo presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, confirmado ontem no cargo, terá em mãos R$ 802 milhões para investir no decorrer deste ano. Os recursos serão destinados a projetos de distribuição, com destaque para as nova tecnologias, e geração, segmento no qual a centenária distribuidora fluminense voltou a investir após a Cemig se tornar sócia majoritária da empresa, em 2010. O valor é ligeiramente menor que os R$ 926 milhões aportados no ano passado, quando foram feitos investimentos em transmissão e geração. O ex-presidente Jerson Kelman continuará no conselho de administração da Light e deve assumir novo cargo no grupo Cemig. "No mundo atual, o perfil do consumidor está mudando e uma empresa não pode olhar para os cem anos passados e sim para o futuro. É preciso acompanhar a complexidade das exigências dos consumidores", disse Paulo Roberto, como é conhecido no setor, em sua primeira entrevista após assumir o cargo. O executivo citou como exemplo a necessidade de implantação das redes inteligentes, conhecidas como "smart grid". O novo presidente da Light afirma que a explosão de bueiros no Rio é coisa do passado. A empresa, diz ele continua investindo na rede subterrânea, principal causadora dos acidentes. "Hoje a situação é relativamente boa, sem registro de ocorrências graves. O que ficou foi a imagem de pessoas sendo atingidas e de insegurança para a população, mas isso já passou, os investimentos já aconteceram". Paulo Roberto também terá pela frente a difícil tarefa de combater as perdas elétricas, o calcanhar de aquiles da Light. No primeiro trimestre do ano, as perdas totais da empresa somaram 7.665 gigawatts-hora (GWh), ou 22% da carga da empresa. Apenas as perdas não-técnicas, ocasionadas por furtos e fraudes de energia, totalizaram 5.316 GWh em março, respondendo por 15,3% de toda a carga da companhia.(Valor)
Projetos
termoelétricos deverão ter dificuldades no leilão
de 25 de outubro
O
diretor de estudos em energia elétrica da EPE, José
Carlos de Miranda, afirmou que há projetos de usinas a gás
natural que cadastraram contratos de fornecimento de combustível,
documento básico para que este tipo de empreendimento possa
disputar o leilão A-5 (A menos 5) e que devem entrar em
operação em 2017. Porém, não acredita em
forte competitividade de todos. O prazo estabelecido pelo governo
para a entrega desses documentos vencia ontem. Agora, o próximo
passo é o de analisar os documentos e verificar a viabilidade
de sua aplicação. “Ainda não tenho a
informação de quantos projetos apresentaram essa
garantia, mas certamente teremos alguns contratos para analisarmos”.
Apesar da apresentação desses documentos ele não
acredita que existam muitos projetos viáveis para a disputa.
Para ele, apenas grandes empresas com acesso ao insumo devem ser
competitivos para a venda de energia, Entre essas empresas estariam a
MPX, a OGX e a própria Petrobras. Na última
segunda-feira (6) o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim afirmou
que dificilmente a usina de São Manoel (700 MW) conseguirá
a licença ambiental para a disputa no leilão do final
do mês. “Ainda não desisitimos, mas dificilmente
entrará (a usina) neste ano, deve ficar para 2013”, estimou
ele. Na terça-feira (7), a Aneel colocou o edital do leilão
A-5 em consulta publica entre os dias 9 e 19 deste mês. (DCI)
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