Aneel publica resolução sobre o Proinfa
A Aneel publicou no Diário Oficial da União de ontem (6/8), a Resolução Normativa nº 492 , de 5 de junho de 2012, que estabelece critérios para empreendimentos que entraram em operação comercial no período de 31 de dezembro de 2010 a 30 de dezembro de 2011 permanecerem no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Segundo a resolução, para a permanência no Proinfa dos empreendimentos que entraram em operação comercial no período entre 31 de dezembro de 2010 e 30 de dezembro de 2011 deverão ser observados, cumulativamente, os seguintes critérios: I - início, até 30 de dezembro de 2011, da operação comercial de todas as unidades geradoras do empreendimento; e II - manifestação de interesse junto à Eletrobras, no prazo de até 60 dias contados da data de publicação. Os empreendimentos que não atenderem a esses critérios serão excluídos do Proinfa. O prazo de suprimento dos contratos de compra e venda de energia elétrica, celebrados no âmbito do Proinfa e vinculados aos empreendimentos de geração alcançados pela Resolução nº 492, será de 20 anos contados da data planejada de operação comercial do empreendimento de geração definida no contrato original. A Resolução nº 492 foi tema da Audiência Pública nº 023/2012 no período de 5 a 20 de abril de 2012, que permitiu o aperfeiçoamento do documento.
Aumenta liquidez de energia elétrica, diz CCEE
A liquidez de energia elétrica no mercado de livre contratação cresceu 5,5% em junho, ante o mês anterior, segundo o índice de rotatividade da CCEE, que será lançado amanhã. O mercado livre representa os grandes consumidores de energia, como indústrias. Hoje o Brasil não tem um parâmetro para mensurar a facilidade de venda do produto. "Os índices aumentam o grau de informação do mercado e ajudam na maturação dele", diz o presidente da CCEE, Eduardo Barata. A liquidez em junho ficou em 3,56 --o número representa quantas vezes um mesmo megawatt-hora foi contratado até chegar ao consumidor final. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve alta de 8,1%. No confronto com índices de outros países, o brasileiro mostra que o mercado é de relativa maturidade ao se situar entre o francês (próximo a dois) e o holandês e o inglês (que costumam ser quatro). A Alemanha tem a maior liquidez, seu indicador fica entre nove e dez. A CCEE elaborou índices mensais com base em dados de 2008 até 2012. Além da rotatividade, também desenvolveu o índice de liquidez relativa (comparação de um ativo com o mercado como um todo). A partir de agora, os números passam a ser publicados mensalmente. (Folha)
Light define hoje novo presidente
Os acionistas Light querem dar um novo direcionamento à empresa e a avaliação interna é que o presidente atual, Jerson Kelman, não atenderia neste momento às expectativas para o cargo, disse ontem ao Valor uma fonte da Cemig. O conselho da Light se reúne hoje e deve apresentar o executivo escolhido para presidir a empresa. A Cemig é a controladora da Light. No Rio, alguns nomes cotados para presidir a empresa são o de Marcelo Correa, cujo contrato com Neoenergia vence em agosto, e também do atual diretor de Novos Negócios da Light, Paulo Roberto Ribeiro Pinto. Ex-diretor geral da Aneel, Kelman foi convidado a permanecer no grupo e estará mais envolvido com temas ligados à regulação, disse a fonte - que não detalhou quais seriam as mudanças de direcionamento da Light. (Valor)
Lucro da CPFL retrai 20,6% no trimestre
A CPFL Energia, divulgou o lucro líquido de R$ 234 milhões no segundo trimestre. O valor representou queda de 20,6% na comparação com mesmo período do ano passado, de acordo com o balanço divulgado após o fechamento do mercado. A empresa atribuiu a esse resultado o aumento de 23,5% nos custos, ante aumento de quase 15% na receita líquida obtida no período.Wilson Ferreira Jr., presidente da companhia, destacou que pesaram a alta nos custos de compra de energia (um aumento de 26,7%), nos encargos (acréscimo de 11,1%) e os efeitos da variação do câmbio. A valorização do dólar tem impacto principalmente na aquisição de insumo que é gerado por Itaipu Binacional. Apesar da retração, o executivo considerou que a empresa encerrou o trimestre com um bom resultado. "Tivemos um ano de investimentos fortes, com a consolidação da CPFL Renováveis e com a aquisição de vários ativos nesse segmento. Superaram R$ 2,7 bilhões no período de 12 meses, além de R$ 2,4 bilhões de capex". A receita líquida da CPFL entre abril e junho alcançou R$ 3,21 bilhões, com aumento de 14,9% ante R$ 2,79 bilhões no mesmo período de 2011. Um dos fatores que puxaram o desempenho foi o aumento de 5% nas vendas para o mercado cativo e o reajuste médio de 5,3%. A empresa apontou ainda a contribuição da controlada CPFL Renováveis, adquirida no ano passado, da geração convencional e de comercialização, além de aumento de 6,5% na receita de Tusd livre na área de concessão da empresa. (Valor)
MME: leilões de energia solar não acontecerão em 2013
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Altino Ventura Filho, descartou a possibilidade de realização de um leilão específico para a energia solar centralizada no ano de 2013. Apesar das constantes especulações acerca da possibilidade de promoção de um certame para a fonte, o governo não admite, na atual conjuntura, realizar licitação de uma fonte que tem custo de geração na casa dos R$ 400/MWh. “Ela ainda não é competitiva, e existe uma demanda da sociedade pela redução do custo da energia. Não é o momento”, afirmou o executivo, Ventura acredita que daqui três ou quatro anos o custo de geração solar despencará para a casa dos R$ 150/MWh. “Há cerca de três anos, criamos um grupo de trabalho fotovoltaico para estudar a questão. Na época, o custo de geração estava por volta de R$ 1,2 mil por MWh. Hoje, temos contato com grupos do mundo inteiro que nos mostram que esse custo está caindo muito rapidamente”, justificou. Outra justificativa utilizada por Ventura é o fato de o Brasil estar atravessando um período de menor crescimento econômico que desacelerou a expansão do consumo de energia e provocou sobra de energia. “Hoje, fica difícil justificar um leilão porque há uma grande quantidade de projetos competitivos que já estão prontos e que superam a nossa necessidade energética”, resumiu. (Canal Energia)
Leilão A-5 deve acabar com apenas três hidrelétricas
O leilão de energia A-5, marcado para 25 de outubro, deve acabar com a participação de apenas três hidrelétricas de grande porte: Cachoeira Caldeirão (219MW), no Amapá, e Ribeiro Gonçalves (113MW), no Piauí, possuem licença prévia e estão confirmadas. Já a UHE Sinop (400MW), no Mato Grosso, tem aval do órgão ambiental local e espera apenas aprovação da Assembleia Legislativa do Estado para ser colocada no certame. O presidente EPE, Maurício Tolmasquim, comentou as previsões e lamentou os entraves para obter aprovação para a UHE São Manoel (700MW). "A melhor de todas está cada vez mais difícil, tem a questão indígena, e o tempo é curto". Tolmasquim também disse que duas hidrelétricas na região Sul despontaram como próximas de obter licenças e irem ao certame - uma delas é a UHE Apertados (139MW). Mas fez a ressalva de que são projetos pequenos e que provavelmente não conseguirão as licenças a tempo e podem ficar para o ano que vem. Já as hidrelétricas do Complexo Baixo Parnaíba, que foram oferecidas em dois leilões e não receberam lance por parte dos investidores, devem ficar de lado desta vez. "Estamos com dúvida, resolvendo se vale a pena entrarem", concluiu Tolmasquim. (Jornal da Energia)
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