A energia eólica deverá continuar sendo uma das fontes de geração mais competitivas nos leilões de energia nova deste ano. Mas diante de dúvidas sobre a demanda a ser contratada, a expansão em 2012 pode não chegar à meta de 2 gigawatts (GW) ao ano do setor. "Nossa meta é sempre 2 GW por ano, mas neste ano não sabemos se vamos atingir essa meta", disse a presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Melo. A situação de menor demanda nos leilões de 2012 deve afetar todas as fontes, e em menor escala a eólica. "O número que a gente espera, pelo comportamento da eólica, é que de qualquer montante que for contratado pelo menos 80% será de eólica", disse Élbia, acrescentando que qualquer estimativa numérica de demanda a ser contratada nos próximos leilões seria pouco confiável neste momento.
Em 2012, muitas distribuidoras estão sobrecontratadas e agentes do setor demonstram incerteza quanto à necessidade de se realizar um leilão A-3 neste ano, que contrataria energia a ser entregue a partir de 2015.
Os leilões de energia A-3 e A-5 (que contrata energia a ser entregue a partir de 2017) estão marcados para outubro, sendo que 14.260 MW de eólicas estão cadastrados para participar do primeiro e 12.547 MW para o segundo. Esses empreendimentos ainda vão passar pela fase de habilitação para participar dos certames. O mercado de equipamentos eólicos no Brasil movimentará cerca de R$ 25 bilhões nos próximos cinco anos. (Reuters)
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