A estatal paranaense Copel vai adquirir uma fatia, de aproximadamente 30%, na construção e operação da hidrelétrica Baixo Iguaçu, de 350,2 megawatts (MW) de capacidade, no rio Iguaçu (PR), cujo contrato de concessão foi assinado segunda-feira com o Ministério de Minas e Energia (MME). O projeto, de R$ 1,6 bilhão, pertence integralmente à Neoenergia, por meio da concessionária Geração Céu Azul.
Com a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que confirmou a legalidade do licenciamento ambiental do projeto, e a assinatura do contrato de concessão, a Neoenergia deve chegar a um acordo com a Copel.
Uma fonte ligada explicou que as negociações continuam e que a Copel ficará com a fatia de 30% no empreendimento. O presidente em exercício da estatal paranaense, Jaime de Oliveira Kuhn, confirmou o interesse pela usina. "Estamos definindo a participação da Copel no empreendimento, que está situado na base territorial da companhia", afirmou o executivo.
O Valor também apurou que os acionistas da Neoenergia - Previ, Iberdrola e BB Banco de Investimentos - estão satisfeitos com a parceria com a Copel, que já vem sendo costurada há algum tempo. Na visão deles, a parceria em investimentos em geração é importante para diversificar o risco.
O projeto de Baixo Iguaçu foi licitado em 2008. A usina, porém, nunca saiu do papel, porque a licença prévia emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) estava suspensa pela Justiça a pedido do Ministério Público Federal. O órgão alegava que a licença não atendia o Plano Nacional de Recursos Hídricos.
Pelo contrato assinado na segunda com o MME, o prazo para o início de operação da usina foi adiado de 2013 para 2016. A concessão tem duração de 35 anos. A hidrelétrica tem garantia física de 172,8 megawatts médios e fornecerá 70% da energia ao mercado cativo, pelo preço atual de R$ 120,26/megawatt-hora.
Por uma recomendação do governador Beto Richa (PSDB-PR), a Copel busca intensificar a atuação no setor de geração, a exemplo do que fez a Cemig. A estatal quer utilizar sua experiência no rio Iguaçu, onde já controla três hidrelétricas, para agilizar o processo de licenciamento ambiental da usina junto ao IAP. O órgão estadual é subordinado ao governo paranaense, controlador da companhia elétrica.
A composição acionária do empreendimento pode incluir ainda a participação da Eletrosul e Furnas. Procurada, a Eletrosul informou que "a possibilidade de participação no projeto da usina está em análise".
A assinatura do contrato de concessão de Baixo Iguaçu foi um dos últimos atos do presidente da Neoenergia, Marcelo Corrêa, no comando da empresa. Ele deixará o cargo no fim deste mês, quando termina o seu contrato. Ele optou por não renovar o mandato. Depois de mais de oito anos a frente da companhia, Corrêa será substituído interinamente por Solange Ribeiro, atual diretora de regulação da empresa, indicada pelos controladores da Neoenergia. À exceção de Corrêa, toda a diretoria da empresa teve o mandato renovado. (Valor Econômico)
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Com a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que confirmou a legalidade do licenciamento ambiental do projeto, e a assinatura do contrato de concessão, a Neoenergia deve chegar a um acordo com a Copel.
Uma fonte ligada explicou que as negociações continuam e que a Copel ficará com a fatia de 30% no empreendimento. O presidente em exercício da estatal paranaense, Jaime de Oliveira Kuhn, confirmou o interesse pela usina. "Estamos definindo a participação da Copel no empreendimento, que está situado na base territorial da companhia", afirmou o executivo.
O Valor também apurou que os acionistas da Neoenergia - Previ, Iberdrola e BB Banco de Investimentos - estão satisfeitos com a parceria com a Copel, que já vem sendo costurada há algum tempo. Na visão deles, a parceria em investimentos em geração é importante para diversificar o risco.
O projeto de Baixo Iguaçu foi licitado em 2008. A usina, porém, nunca saiu do papel, porque a licença prévia emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) estava suspensa pela Justiça a pedido do Ministério Público Federal. O órgão alegava que a licença não atendia o Plano Nacional de Recursos Hídricos.
Pelo contrato assinado na segunda com o MME, o prazo para o início de operação da usina foi adiado de 2013 para 2016. A concessão tem duração de 35 anos. A hidrelétrica tem garantia física de 172,8 megawatts médios e fornecerá 70% da energia ao mercado cativo, pelo preço atual de R$ 120,26/megawatt-hora.
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A composição acionária do empreendimento pode incluir ainda a participação da Eletrosul e Furnas. Procurada, a Eletrosul informou que "a possibilidade de participação no projeto da usina está em análise".
A assinatura do contrato de concessão de Baixo Iguaçu foi um dos últimos atos do presidente da Neoenergia, Marcelo Corrêa, no comando da empresa. Ele deixará o cargo no fim deste mês, quando termina o seu contrato. Ele optou por não renovar o mandato. Depois de mais de oito anos a frente da companhia, Corrêa será substituído interinamente por Solange Ribeiro, atual diretora de regulação da empresa, indicada pelos controladores da Neoenergia. À exceção de Corrêa, toda a diretoria da empresa teve o mandato renovado. (Valor Econômico)
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