País precisa se preparar para atender crescimento econômico e transformações da população
Enquanto as economias desenvolvidas enfrentam o desafio de ampliar a fatia de fontes renováveis em sua matriz energética, o Brasil precisa se empenhar para manter a parcela atual, o que já é uma tarefa pra lá de complicada. Isso porque o país vive uma fase de crescimento - ainda que não como desejado neste ano - e de mudança de perfil da população, fatores que ampliam fortemente o consumo de energia.
Para energia elétrica, o crescimento de demanda previsto é de 60%, mesmo que o país avance em eficiência energética, conforme estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal criada para elaborar estudos e pesquisas que subsidiam o planejamento do setor.
Os cálculos partem da expectativa de expansão média do PIB na faixa entre 4,5% e 5%nos próximos anos. "Não é um esforço muito grande", afirma Amilcar Guerreiro, diretor de estudos econômico-energéticos e ambientais da EPE.
Às perspectivas otimistas para a expansão econômica, Guerreiro associa as projeções de crescimento da população ao ritmo de 0,68% ao ano, que levará o número de brasileiros de 191 milhões, em 2010, para 205 milhões, em 2020.
A diferença, um contingente de 14 milhões de pessoas, equivale à população total da Bahia hoje. Além disso, a redução da mortalidade infantil e a ampliação da esperança de vida vêm ampliando a parcela da população ativa, que trabalha e consome.
Entre as décadas de 50 e 80, a idade média da população era de 19 anos. No período entre 2000 e 2030, ficará entre em 31.
O contingente na faixa etária entre 15 e 64 anos subiu de 54% para 68%.
O grau de urbanização saltou de 50% para 87%, a taxa de alfabetização pulou de 58% para 92%. E a atividade feminina avançou de 19% para 44%.
Para garantir a segurança energética, com oferta adequada e minimização dos impactos ambientais, o país precisa avançar em eficiência, reciclagem e aproveitamento de resíduos e em participação de fontes renováveis na matriz de geração, destaca Guerreiro.
Alcançando as metas de eficiência, em 2020, o país conservará 8.200 MW, o equivalente à capacidade geradora de Tucuruí, a maior usina hidrelétrica 100% nacional. (Brasil Econômico)
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