sexta-feira, 25 de maio de 2012

Smart Grid recebe incentivos em vários países, diz especialista

Enquanto entidades e empresas debatem a relação entre custos e benefícios para a implantação das redes inteligentes no Brasil, especialistas do setor colocam que a viabilidade destes sistemas também depende, em grande parte, da boa vontade do poder público. 

“Em todo mundo o setor de energia é muito regulado, ou seja, uma má política pode representar um retrocesso”, analisa Lawrence Jones, que foi nomeado pelo United States Department of Commerce’s National Institute of Standards and Technology (NIST) para compor um comitê consultivo sobre redes inteligentes. 

O especialista, que integra um time global de desenvolvimento de negócios em smart grid (International Smart Grid Action Network - ISGAN) revela ainda que em boa parte dos projetos de implantação destas tecnologias na Europa, Reino Unido, além de Estados Unidos, recebem algum tipo de benefício governamental para seguir em frente. “Muitos estão falando em investir em smart grid”, disse o executivo, que também admitiu que a maioria do projetos mundo afora têm suporte dos governos. 

Brasil - Jones acredita que, entre os países emergentes, nosso país apresenta um bom potencial para o desenvolvimento das redes inteligentes, estando hoje equiparado à Índia. “O Brasil está chegando”, afirmou, para explicar que a possibilidade de compor uma matriz com diferentes fontes renováveis reforça o potencial do País para implantar as tecnologias. Ele citou capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, como cidades que poderiam se transformar em “Smart Cities” no futuro. 

O aumento das usinas por vento e a possibilidade dos consumidores se tornarem minigeradores solares, após a aprovação de algumas regras pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) traz à tona a necessidade da implantação destes novos mecanismos de inteligência no Brasil, o que para muitos, pode significar o encarecimento das contas. O norte-americano discorda e diz que “o smart grid não tem que ser caro”. Ele argumenta que, muitas vezes, o aumento da eficiência no sistema ocasiona uma redução tão significativa das perdas que a tecnologia acaba se pagando sozinha. (Jornal da Energia)


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