Com investimentos concentrados exclusivamente na geração de energia, a Tractebel estreou em um segmento ainda novo no País: a viabilização de parques eólicos somente com a venda da produção no mercado livre, sem a necessidade de participação em leilões realizados pelo governo. A empresa, controlada pelo Grupo GDF Suez, acaba de obter a aprovação de um financiamento de R$358 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para quatro dessas usinas, todas no Ceará.“Não conseguimos vender no leilão de reserva (de 2009) alguns projetos que tínhamos na carteira, então criamos esta oportunidade”, explica o executivo, ao lembrar que trata-se de um mercado para consumidores especiais, com demanda entre 0,5 MW e 3 MW.“Estes pequenos clientes não querem contratos de longo prazo e não conhecem a fundo o mercado de energia. Para eles, passamos a funcionar quase como uma distribuidora”, exemplifica Zaroni. Mas o grande trunfo, revela o executivo, foi a assinatura de um contrato de longo prazo com "um cliente de peso", que funcionou como uma espécie de âncora para a obtenção do crédito junto ao BNDES. “Essa formato de negócio é para gente grande”, avisa Zaroni. Até porque, para garantir a entrega de energia aos clientes mesmo com a intermitência dos ventos, os geradores precisam ter um bom "mix" de geração. Por enquanto, a companhia segue avaliando o novo negócio antes de pensar em novas investidas, já que, para este projeto, considera estar “bem contratada”.Outro segmento que a Tractebel estudará é o de energia solar, com a implantação de um projeto de pesquisa e desenvolvimento, no qual segue como líder, mas em parceria outras empresas. “Vamos instalar sete tecnologias diferentes em vários pontos do mapa solar, para depois implantar uma usina de usina fotovoltaica de 3MW”.
Taesa desembolsa R$1,7 bilhão por ativos da Cemig
A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) divulgou ao mercado que desembolsará o valor de R$1,7 bilhão pela transferência de participações acionárias minoritárias em seis empresas de transmissão da Cemig, da qual é subsidi. Dentro do valor, R$1,6 bilhão será para a Cemig, e o restante, R$64,105 milhões será para a Cemig GT, subsidiária de geração e transmissão da estatal mineira. A reestruturação societária está sujeita à aprovação por assembleia geral da companhia. Segundo o comunicado, o repasse está inserido no planejamento estratégico da Cemig, no propósito de consolidar em uma única empresa as participações em SPEs de transmissão. Além disso, tem a intenção de avaliar futuras oportunidades em leilões de transmissão e possíveis aquisições de outros ativos em operação. O repasse envolve Empresa Catarinense de Transmissão de Energia; Empresa Regional de Transmissão de Energia; Empresa Norte de Transmissão de Energia; Empresa Paranaense de Transmissão de Energia; Empresa Amazonense de Transmissão de Energia; e Empresa Brasileira de Transmissão de Energia, todas sociedades de propósito específico (SPE). De acordo com o documento, o valor envolvido foi acordado pelas companhias com base em avaliações técnicas contratadas junto a avaliadores externos independentes e corrigido pelo CDI a partir de 31 de dezembro de 2011, descontados dividendos e/ou juros sobre o capital próprio declarados, pagos ou não. Com a implementação da reestruturação societária, a Taesa passará a ter participação em 9.378 km de linhas de transmissão, resultando em um acréscimo de 3.127 km à sua rede, o que, destaca a empresa, reforçará a capacidade de geração de caixa e os resultados para acionistas.
Copel negocia empréstimos de R$1,5 bilhão com o BNDES
A Copel está em conversações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obter empréstimos no total de cerca de R$1,5 bilhão. Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Ricardo Portugal Alves, os recursos iriam para a hidrelétrica de Colíder, a PCH Cavernoso II, a linha de transmissão Araraquara-Taubaté e a subestação Cerquilho. A previsão do executivo é de que a PCH, que está em construção no rio Cavernoso, seja a primeira a receber a verba. Até porque a usina, em fase final, deve estar concluída até o final de outubro, com uma pequena antecipação em relação ao cronograma original, que prevê a geração no primeiro dia de 2013. O projeto vendeu energia em um leilão de fontes alternativas realizado em 2010 e está orçado em R$120 milhões. Outra planta que anima a Copel é a UHE Colíder, no rio Teles Pires. Segundo Alves, 1,7 mil pessoas trabalham na obra, que corre para aproveitar o período de estiagem da região, entre maio e setembro. "Mantemos a hipótese de antecipação da data de operação comercial, que inicialmente está prevista para o final de 2014", aponta o diretor. Com 300MW, a planta deve receber R$1,2 bilhão em investimentos. "Esperamos que, em todos projetos, vamos ter até o final do ano a oportunidade de receber ao menos parte do financiamento. Em razão dessas análises, que são demoradas, você acaba sempre colocando pré-equity. Por isso é importante que a Copel e seus parceiros tenham caixa suficiente para fazer essas antecipações", comentou Alves. O digirente da empresa paranaense disse que "fazer empréstimos ponte de curto prazo acabam custando mais caro" e adiantou que deve entrar com mais pleitos junto ao BNDES. Esses, para projetos arrematados pela companhia em leilões mais recentes, como linhas de transmissão em parceria com Eletrosul, State Grid e Elecnor. Ainda de acordo com Alves, a Copel deve investir neste ano algo entre 85% e 90% do total aprovado pela diretoria, que é de R$2,2 bilhões. (Jornal da Energia)
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