sexta-feira, 25 de maio de 2012

Estudo brasileiro de smart grids não está atrasado, dizem agentes

Mesmo tendo iniciado seus estudos após os Estados Unidos e Europa, a implantação das redes inteligentes no País segue no passo certo, segundo as concessionárias de energia que já iniciaram seus projetos-pilotos. Para esses agentes, como há falta de infraestrutura nas redes já existentes e necessidade de planejamento regional, o conceito de smart grids ainda precisa de tempo para se consolidar. 

O diretor comercial da Fujitsu, Edson Siqueira, revela que a empresa iniciou um projeto-piloto em Tóquio, Japão, em 2009. Agora, com o assunto em repercussão no Brasil, desenvolve uma solução de infraestrutura de medição nacional. Para ele, o principal desafio é interconectar as informações em regiões populosas como São Paulo, com milhões de pontos de medição. 

Para o superintendente de desenvolvimento e engenharia da distribuição da Cemig, Denys Souza, o prazo para o conceito sair do papel pode ser maior do que os quatro anos previstos em projetos. Isso pela necessidade de renovação do sistema para poder receber as smart grids. Além dos novos protótipos de comunicação, a modernização dos equipamentos nas distribuidoras, treinamento de funcionários e automação do sistema perfazem a base para a construção das redes inteligentes. 

No entanto, o discurso do governo - de que ainda estuda o tema pela preocupação com erros e futuras mudanças nos projetos - não convence as empresas. Segundo Roberto Carlos Currais, diretor coorporativo de tecnologia da informação da Energisa, ainda falta um discurso mais concreto dos órgãos competentes. 

Da mesma forma, o superintendente da Cemig, Deys Souza, acredita que o setor precisa de uma política pública, uma decisão governamental para se guiar. “Infelizmente, quando se trata de futuro, algumas ações têm que ser executadas e eventuais erros corrigidos ao longo da implementação. Entendo o papel do governo de ter um determinado nível de segurança para as ações que serão tomadas, mas não tem como dispor de todas as informações e certeza absoluta. Teremos que implantar mesmo sem ter todas as informações disponíveis”. Jornal da Energia)
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