A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) resolveu abrir um processo para discutir o tratamento a ser dado aos contratos fechados por parques eólicos que devem estar concluídos em julho deste ano, mas que não terão como gerar energia devido à falta de conexão à rede. As usinas, que foram viabilizadas pelo primeiro certame da fonte, em 2009, precisarão esperar a construção das ICGs - centrais de conexão compartilhada - que vão escoar a produção para o sistema.
A implantação das ICGs está a cargo da estatal Chesf, que alega problemas no licenciamento ambiental. A companhia chegou a fazer uma reunião com investidores responsáveis por projetos afetados e órgãos ambientais e disse ter obtido a promessa de mais celeridade nas análises.
A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) estima que cerca de 636MW em plantas no Rio Grande do Norte e na Bahia serão afetadas pelo atraso das ICGs. Os players envolvidos são CPFL, Dobrevê Energia e Renova. A expectativa da entidade é de que, assim que provarem que as usinas estão prontas, os geradores assegurarão o direito de recebar a receita combinada nos contratos.
O processo referente à questão foi distribuído em sorteio na ontem (28/5) e deve em breve ser colocado em discussão em uma reunião da diretoria colegiada da Aneel. O diretor-relator será Romeu Rufino.
SP pode aprovar novo plano de energia em junho
Dentro de alguns anos, São Paulo espera ver a participação das fontes renováveis saltar de 51% para 69% na composição de sua matriz energética. O objetivo consta do novo Plano Estadual de Energia. A proposta completa ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Estadual de Política Energética (CEPE), o que pode ocorrer na segunda quinzena de junho, de acordo com informações da Secretaria de Energia do governo estadual.
Uma das intenções do plano é ampliar a geração de energia por meio da cana-de-açucar, conforme sinalizou o secretário da pasta, José Aníbal. “Para atingir essa meta, a energia gerada a partir do bagaço de cana precisa crescer dos atuais 33,5% para 46%”, calculou o dirigente. Aníbal disse que “a expectativa ambiciosa é de chegar a uma Itaipu de energia cogerada até 2020”. O secretário abordou o assunto durante evento que comemorou os 25 anos da bioeletricidade no País. (Jornal da Energia)
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