O grande movimento de migração de consumidores de energia, que têm partido do mercado regulado, abastecido pelas distribuidoras, para o ambiente livre (ACL), acende uma luz amarela para o Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ). O coordenador da entidade, Nivalde de Castro, afirma que esse "é um problema muito sério", uma vez que deixa as distribuidoras com sobras de energia contratada em leilões.
"Esse movimento estimulado, quase que descontrolado, rumo ao mercado livre, pode ter consequências muito complicadas para a expansão do setor",aponta Castro. Isso porque os investidores com projetos de usinas vencem a disputa e contam com a venda já garantida da produção para as distribuidoras. E são os próprios contratos com as concessionárias, assinados após o certame, que servem como garantia para a obtenção de empréstimos junto ao BNDES.
"O mercado que suporta os contratos que são dados de garantia para o BNDES financiar novos empreendimentos é o mercado cativo, está sendo diminuído", reforça Castro. O professor acredita que o banco estatal também tem ficado em alerta com a questão, devido ao alto número de projetos lastrados nesses contratos com distribuidoras.
Para Castro, o problema é que o mercado livre ainda não tem força para garantir sozinho a expansão do parque gerador. O especialista também questiona a falta de dados sobre esse ambiente."No mercado livre você não sabe quanto tempo os contratos duram, muito menos o valor. Só tem dados muito agregados, o que também consideramos problemático". (Jornal da Energia)
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