terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Cemig, Finep e CCEE

Pesquisa: R$ 6 bilhões de crédito
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) prevê operar R$ 6 bilhões em recursos reembolsáveis para empresas, em 2012. O montante corresponde ao aumento de 62,5% sobre os R$ 3,75 bilhões aplicados em 2011. Os recursos são provenientes do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e se destinam a operações de crédito, com juros subsidiados, para empresas que atuam em setores estratégicos, incluindo energia, sustentabilidade e desenvolvimento social.Em 2011, as ações de fomento resultaram em uma demanda de projetos de ciência, tecnologia e inovação de cerca de R$ 9 bilhões em empresas inovadoras, por meio de 326 projetos. Desse volume, a Finep contratou 165 projetos que somam cerca de R$ 3,5 bilhões. Com a expansão dos recursos em 2012, a expectativa é que a demanda restante de R$ 5,64 bilhões seja atendida.A Finep criou recentemente um grupo de trabalho que terá a tarefa de identificar gargalos e obstáculos, repensar estruturas e agilizar a tramitação dos processos internos, reduzindo em 80% o tempo médio de análise e aprovação dos projetos reembolsáveis. No ano passado, a financiadora conseguiu reduzir os prazos de análise em 58%, passando de 249 dias para 102 dias. Agência Ambiente Energia

Cemig vai desenvolver microgrids

A Cemig vai investir no desenvolvimento de estudos para a produção e distribuição de energia de forma descentralizada, sistema conhecido como microgrids. Este modelo consiste em pequenas redes independentes que operam de forma autônoma ou conectadas ao sistema de energia principal, viabilizando o uso de fontes renováveis para abastecer cidades e centros urbanos.O projeto desenvolvido pelo Centro de Pesquisa e Inovação Sueco Brasileiro (CISB), em parceria com a KTH – Royal Institute of Technology, da Suécia, e a Universidade Federal de minas Gerais (UFMG), obteve a aprovação com a pesquisa intitulada “Redes Elétricas Urbanas Inteligentes – modelo brasileiro de constelação internacional”, submetido ao edital conjunto da Cemig e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG). A iniciativa foi considerada estratégica e, por isso, será financiado diretamente pela Cemig.A Suécia é referência mundial na área de inovação e no setor de desenvolvimento urbano e energia, pois tem aplicado há muitos anos um modelo de sucesso baseado em projetos de colaboração envolvendo governo, indústria e institutos ou universidades.O Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB), sediado em São Bernardo do Campo (SP), foi criado em maio de 2011 com o objetivo de implementar acordos de cooperação em ciência, inovação e alta tecnologia entre Brasil e Suécia, promovendo a integração entre os dois países e atraindo investimentos e interesse de todo o mundo.

CCEE quer implantar índice de referência de preço do mercado livre em 2013

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica trabalha para implantar o novo índice de referência de preço do mercado livre em 2013. Para isso, será necessário que os contratos de compra e venda de energia tragam os preços da energia, além de volume e duração, como ocorre hoje. Mas, para manter o caráter sigiloso dos valores, a CCEE vai implantar um sistema que permitirá que os valores sejam calculados para gerar os indicadores sem a necessidade de intervenção humana. A proposta será encaminhada para a análise da Agência Nacional de Energia Elétrica até o fim de fevereiro. "Com isso, o que nós pretendemos é dar transparência e simetria ao ambiente livre da mesma forma que o ambiente de contratação regulada", observou Luiz Eduardo Barata, presidente do conselho de administração da CCEE, em entrevista à Agência CanalEnergia. Com essas informações, a Câmara vai poder formar preços médios, por exemplo, para contratos mensais, trimestrais, semestrais e anuais. Para Barata, a simetria de informações é importante em um momento que o número de agentes no ambiente livre está crescendo, com a entrada dos consumidores especiais, aqueles com carga entre 0,5 MW e 3 MW. "Estamos absolutamente convencidos de que esse é o papel da CCEE, prover informações, assegurando simetria e segurança ao mercado", frisou. O presidente do conselho da CCEE sabe que a proposta poderá gerar polêmica e não deve ser bem recebida por parte do mercado. "Tenho certeza que, apesar de um ou outro ficar contrariado, para o mercado é bom", ponderou. Ele sinalizou que o preço médio poderá ser usado por consumidores avaliar se é mais vantajoso ficar no mercado cativo ou no livre. "[O índice] levará com certeza a um mercado mais maduro", avaliou.
Leia também: