O processo de venda de uma fatia da participação acionária do governo português na EDP, controladora da EDP no Brasil, vai ocorrer em duas etapas, segundo apurou a Agência Estado. Os interessados têm até hoje para apresentar a proposta não vinculante para a aquisição da fatia de 21% do capital da elétrica europeia, que hoje está na mãos do governo. Como já revelou o presidente da Eletrobrás, José da Costa Neto, as empresas terão de apresentar o preço pela participação, o projeto estratégico para a EDP e um modelo de governança. Hoje, o governo de Portugal detém quase 26% da holding portuguesa.
"O governo português vai analisar as propostas e comentar o que foi apresentado. A partir disso, o governo realizará uma nova rodada para recebimento de propostas, que serão vinculantes", disse uma fonte do mercado, que preferiu não ser identificada. Além da Eletrobrás, estariam na disputa por essa participação a Cemig, a francesa GDF Suez, a alemã E.ON, as chinesas China Power e Three Gorges, a espanhola Gas Natural Fenosa e a argelina Sonatrach, que já é acionista da holding portuguesa, com 2,23% de participação acionária.
Projeto. Além de arrecadar um volume expressivo de recursos com a alienação de sua fatia acionária, o governo português deseja que o novo sócio tenha um projeto de crescimento para a EDP, dado o peso da empresa na economia local. Ou seja, o governo busca um acionista que mantenha a companhia integrada, o que diminui as chances de venda de ativos após a operação.
Isso pode favorecer a Eletrobrás, que vislumbra na aquisição de uma participação na EDP a oportunidade para iniciar seu processo de internacionalização - com a holding portuguesa, a estatal brasileira teria acesso aos mercados de energia da Europa e dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, esse fato pode pesar contra a Cemig, uma das principais consolidadoras do setor elétrico brasileiro. Rosângela Ribeiro, analista da SLW Corretora, lembra que a estatal mineira demonstra interesse na EDP principalmente com o objetivo de ter acesso aos ativos da EDP no Brasil - onde opera as distribuidoras Bandeirante (SP) e Escelsa (ES), possui um parque gerador de 1,82 mil MW e atua no segmento de comercialização de energia.(O Estado de S. Paulo)
Leia também:
* Cemig e Eletrobras vão disputar a portuguesa EDP
* Pinga-Fogo Setor Elétrico: ANEEL, MME e Energisa
* Governo aprova Plano Nacional de Eficiência Energética
*Audiência pública vai discutir a ampliação do Mercado Livre de Energia
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Projeto. Além de arrecadar um volume expressivo de recursos com a alienação de sua fatia acionária, o governo português deseja que o novo sócio tenha um projeto de crescimento para a EDP, dado o peso da empresa na economia local. Ou seja, o governo busca um acionista que mantenha a companhia integrada, o que diminui as chances de venda de ativos após a operação.
Isso pode favorecer a Eletrobrás, que vislumbra na aquisição de uma participação na EDP a oportunidade para iniciar seu processo de internacionalização - com a holding portuguesa, a estatal brasileira teria acesso aos mercados de energia da Europa e dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, esse fato pode pesar contra a Cemig, uma das principais consolidadoras do setor elétrico brasileiro. Rosângela Ribeiro, analista da SLW Corretora, lembra que a estatal mineira demonstra interesse na EDP principalmente com o objetivo de ter acesso aos ativos da EDP no Brasil - onde opera as distribuidoras Bandeirante (SP) e Escelsa (ES), possui um parque gerador de 1,82 mil MW e atua no segmento de comercialização de energia.(O Estado de S. Paulo)
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