Abradee critica projeto de revisão tarifária da Aneel
O presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica, Nelson Leite, disse hoje em palestra que o projeto da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o terceiro ciclo de revisões tarifárias "não se justifica" na comparação com o mercado externo, pois resultará em elevada redução do valor da tarifa-fio. Leite afirmou também que o projeto da Aneel "é incompatível com o objetivo da melhoria de qualidade" dos serviços oferecidos pelas distribuidoras aos consumidores e prejudica a proposta das empresas de universalizar cada vez mais o atendimento. A palestra ocorreu no 8º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase-2011). Leite reclamou ainda do valor dos impostos embutidos na conta de energia. "De casa R$ 100, o consumidor paga R$ 45 em encargos e tributos", disse.
O presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica, Nelson Leite, disse hoje em palestra que o projeto da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o terceiro ciclo de revisões tarifárias "não se justifica" na comparação com o mercado externo, pois resultará em elevada redução do valor da tarifa-fio. Leite afirmou também que o projeto da Aneel "é incompatível com o objetivo da melhoria de qualidade" dos serviços oferecidos pelas distribuidoras aos consumidores e prejudica a proposta das empresas de universalizar cada vez mais o atendimento. A palestra ocorreu no 8º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase-2011). Leite reclamou ainda do valor dos impostos embutidos na conta de energia. "De casa R$ 100, o consumidor paga R$ 45 em encargos e tributos", disse.
Eletrobras prepara estratégia para disputar participação na EDP
A Eletrobras está firme na disputa pela aquisição de uma participação relevante de 21,5% no capital da EDP - Energias de Portugal, a elétrica portuguesa, colocada a venda pelo governo português, que detêm 25% da empresa. O negócio visa atender a programas de ajuste fiscal que Portugal tem que implementar por conta da crise na Zona do Euro. Para o presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, que falou ao Valor em telefonema da Bulgária, onde participou de um jantar em homenagem a presidente Dilma Rousseff, "o negócio é importante e estratégico para a Eletrobrás deslanchar seu programa de internacionalização". O mercado avalia a transação em US$ 2 bilhões. A corrida pelas ações da EDP, que faturou € 14,2 bilhões em 2010, vai ser muito disputada, prevê o presidente da Eletrobras. A brasileira deve enfrentar concorrentes como a francesa EDF, a GDF Suez International Power, a alemã RWE e a chinesa Three Gorges Corporation. Mas a Eletrobras, segundo ele, está bem cotada entre as autoridades portuguesas com quem esteve recentemente. "Nos meus contatos, notei um interesse muito grande deles que a Eletrobras tenha êxito. Somos parceiros da EDP no Brasil, onde construímos hidrelétricas. Fazia parte do nosso plano comprar participação na EDP". O valor de mercado da EDP é de € 8,6 bilhões. Em 2010, teve lucro de € 1,1 bilhão e fechou o ano com dívida líquida de € 16,3 bilhões.
Mercado livre responde por 28% da energia comercializada no País
Do total de 55,6 mil MW que o País comercializou até o momento, 28% foram negociados no mercado livre. Os cálculos são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), órgão responsável por administrar as negociações de energia elétrica. Segundo o presidente da CCEE, Luiz Eduardo Barata, esse mercado não mais se restringe a consumidores como siderúrgicas, como era comum em tempos passados. Ele conta que, atualmente, os shopping centers também estão preferindo comprar eletricidade no mercado livre. O executivo destacou ainda que mais da metade dos cerca de 16 mil MW comercializados nessa modalidade, estão em contratos de longo prazo, com validade superior a quatro anos, o que segundo Barata, confere maior estabilidade ao mercado. Os outros 72% são comercializados no mercado regulado, por meio das distribuidoras de energia elétrica.
Leia também:
* Cemig estuda adquirir 10% de Belo Monte
* Regras para leilão de transmissão são alteradas
* Jirau vai ao MME e Aneel contra Santo Antonio
A Eletrobras está firme na disputa pela aquisição de uma participação relevante de 21,5% no capital da EDP - Energias de Portugal, a elétrica portuguesa, colocada a venda pelo governo português, que detêm 25% da empresa. O negócio visa atender a programas de ajuste fiscal que Portugal tem que implementar por conta da crise na Zona do Euro. Para o presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, que falou ao Valor em telefonema da Bulgária, onde participou de um jantar em homenagem a presidente Dilma Rousseff, "o negócio é importante e estratégico para a Eletrobrás deslanchar seu programa de internacionalização". O mercado avalia a transação em US$ 2 bilhões. A corrida pelas ações da EDP, que faturou € 14,2 bilhões em 2010, vai ser muito disputada, prevê o presidente da Eletrobras. A brasileira deve enfrentar concorrentes como a francesa EDF, a GDF Suez International Power, a alemã RWE e a chinesa Three Gorges Corporation. Mas a Eletrobras, segundo ele, está bem cotada entre as autoridades portuguesas com quem esteve recentemente. "Nos meus contatos, notei um interesse muito grande deles que a Eletrobras tenha êxito. Somos parceiros da EDP no Brasil, onde construímos hidrelétricas. Fazia parte do nosso plano comprar participação na EDP". O valor de mercado da EDP é de € 8,6 bilhões. Em 2010, teve lucro de € 1,1 bilhão e fechou o ano com dívida líquida de € 16,3 bilhões.
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