terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Eletrobras, EDP e Fiesp

Presidente da Eletrobras vai a Portugal; pode falar sobre EDP
O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, chegará a Portugal nesta quarta-feira, enquanto a imprensa portuguesa afirma que a viagem seria para realizar novas discussões sobre a compra de participação na Energias do Brasil.A viagem do executivo foi confirmada nesta segunda-feira pela assessoria de imprensa da Eletrobras, que diz, entretanto, que qualquer negociação para compra de participação da EDP depende do edital do governo português com os detalhes sobre a operação. A Eletrobras já informou que tem interesse em comprar a fatia de 20 por cento do governo português na companhia, caso a venda desta fatia seja confirmada em edital.

Governo portugues vai privatizar empresas do setor de energia
O governo de Portugal deve anunciar nos próximos dias as regras para orientar as empresas interessadas em adquirir 20,9% da EDP (Energias de Portugal). A medida faz parte do programa de privatização que integra o plano nacional para contornar a crise econômica portuguesa. Além da EDP, até o fim deste ano, o país também deve privatizar 51% da REN (Rede Elétrica Nacional) e 7% da Galp Energia. O ministro de Economia e do Emprego de Portugal, Álvaro Santos Pereira, afirmou que apesar da crise a oportunidade de investimento deve ser aproveitada.“É verdade que existe uma redução de crescimento da economia mundial. É verdade que na Europa existe uma crise importante. Mas achamos que nas crises existem grandes oportunidades”, disse Pereira que participou nesta seguda-feira (19) de encontro do empresários brasileiros na Federação das Indústrias do Estado de São paulo (Fiesp). Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, as parcerias podem ser vantajosas para o Brasil. “Lá os ativos não estão caros por causa da crise, então isso é bom”, disse. “As reformas e a abertura que nós temos ao mundo e principalmente ao Brasil fazem com que se torne bastante atrativo para as empresas brasileiras investir em Portugal." Segundo o ministro português, não haverá nenhuma restrição ao investimento estrangeiro

Menor custo beneficia a indústria
Metade da redução no custo da energia elétrica será repassada aos preços da indústria. Uma redução de 20% no preço da eletricidade elevaria ainda em 2% os investimentos e em 1% a contratação no setor industrial paulista. Sondagem feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que a baixa de 20% no preço da conta de luz produziria efeitos em cascata na indústria. O levantamento da Fiesp ouviu 368 empresas entre os dias 9 e 30 de agosto. Segundo a sondagem, 73% das empresas consultadas repassariam metade da queda para seus preços. A pesquisa mostra que a outra metade seria usada para recomposição das margens de lucro. "A pesquisa comprova, com números, o que a Fiesp vem defendendo há meses. A redução no valor da energia vai contribuir para o aumento da competitividade de nossas empresas e nossos produtos", diz Paulo Skaf, presidente da entidade. A Fiesp coordena a campanha nacional Energia a Preço Justo. O objetivo é pressionar o governo a cumprir a atual legislação do setor elétrico e exigir licitações das 112 concessões que vencem a partir de 2015.


Leia também:
* Por que tão cara?
* Exigência de redes subterrâneas passa pelo Senado
* MP investiga mau uso de recursos na Celesc