Os conflitos que paralisaram as obras das Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, acenderam a "luz amarela" no consórcio responsável pela construção da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A ordem dos sócios para as construtoras é assegurar instalações adequadas e contratar, majoritariamente, trabalhadores da região de Altamira.
"Não vamos cometer os equívocos das empresas responsáveis por Jirau e Santo Antônio. Estamos conversando com os empreiteiros para evitar problemas como instalações precárias, dificuldades de os operários visitarem suas famílias", disse João dos Reis Pimentel, diretor de Relações Institucionais da Norte Energia, empresa responsável pela usina.
O movimento é preventivo. Como a licença para o início efetivo das obras ainda não foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Norte Energia tem aproveitado esse tempo para tentar qualificar os moradores dos municípios próximos ao local da usina para trabalhar na obra.
"Ao contrário de outras obras de porte, não precisamos fazer uma mobilização externa de mão de obra muito grande neste início. Podemos contar com a prata da casa, com o pessoal da região, porque existe muita juventude que quer trabalhar e já está sendo treinada", disse.
Pelos cálculos da Norte Energia, se a licença de instalação for liberada em maio, como esperado, as obras de construção do canteiro e da própria usina vão correr em paralelo ao longo do segundo semestre.
"Até o fim deste ano,devemos termobilizado na região sete mil pessoas." No ápice da obra, cerca de 18 mil trabalhadores estarão no local. Pimentel garante que mais da metade desse número será de pessoas da região. (O Estado de S. Paulo)
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