quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: MME, Light e CPFL

Light vai faturar R$ 10 mi a mais
O número de clientes beneficiários da tarifa social na área de concessão da Light deverá cair de 700 mil para 25 mil ao longo de 2011, como base no critério da lei que regulamentou a nova tarifa social, contou nesta quarta-feira (09/02) o presidente da distribuidora, Jerson Kelman. Com a nova lei, que só permite a concessão do benefício a famílias com renda per capita igual ou menor que meio salário mínimo, o faturamento da companhia poderá crescer em cerca de R$ 10 milhões – a empresa fatura cerca de R$ 390 milhões.

De acordo com Kelman, uma conta de luz de 80 kWh, sem considerar a taxa de iluminação pública, custa para os beneficiários da tarifa social cerca de R$ 16,00. Sem o benefício, cerca de 675 mil clientes que perderam o direito ao desconto passarão a pagar mais ou menos o dobro.“Grande parte dos atuais beneficiários são clientes com baixo consumo, proprietários de casas no campo ou aparthotéis que, na lógica da nova lei, não terão mais direito ao benefício. No entanto, famílias carentes continuarão a ter benefícios”, explica Kelman.

CPFL avalia eólica para o mercado livre
O grupo CPFL Energia estuda a possibilidade de desenvolver um empreendimento de energia eólica para comercialização exclusiva no mercado livre. O parque seria do porte do complexo Santa Clara (188 MW), em obras no Rio Grande do Norte. A decisão sobre o investimento depende ainda de decisão do conselho de administração, informou Paulo Cezar Coelho Tavares, vice-presidente de Gestão de Energia. Regras aprovadas recentemente pelo MME e que solucionam a questão da oferta de garantia física para projetos eólicos dedicados ao ACL, animaram a CPFL Energia a avaliar essa alternativa, disse o executivo. A solução encontrada teve como base subsídios encaminhados por associações do setor elétrico.

Apesar do interesse no mercado livre, Tavares informou que a CPFL Energia não deixará de participar dos leilões oficiais programados para este ano. Ele não revelou detalhes sobre os empreendimentos que o grupo irá habilitar. Para agregar valor aos parques eólicos de Santa Clara e à usina térmica de biomassa Baía Formosa, ambos no Rio Grande do Norte, o executivo explicou que a própria CPFL Energia está cuidando da engenharia e construção das instalações elétricas internas e conexões ao sistema.

Apagão em São Paulo foi causado pelo desligamento de transformadores
O Ministério de Minas e Energia informou que o blecaute que atingiu parte da cidade de São Paulo ontem (8) foi causado pelo desligamento de todos os transformadores da Subestação Bandeirantes, de propriedade da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep). Segundo nota do Ministério, o transformador número 3 da subestação foi desligado por causa do sistema de proteção de temperatura enquanto o desligamento dos outros dois transformadores decorreu de sobrecarga. Os três transformadores já se encontram normalizados e em operação.

O restabelecimento da energia começou 12 minutos após o apagão, com o retorno dos transformadores 1 e 2. O transformador 3 permaneceu indisponível. A segunda interrupção ocorreu uma hora e 26 minutos após a primeira ocorrência, envolvendo novamente o desligamento de toda a transformação da mesma subestação. Dessa vez, o processo de restabelecimento da energia foi reiniciado quatro minutos após a ocorrência.  A nota também informa que uma nova subestação deverá entrar em operação em fevereiro do ano que vem, o que irá aumentar a capacidade e a confiabilidade no suprimento de energia elétrica na região suprida pela Subestação Bandeirantes.

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