quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: BNDES, Aneel, Furnas e Eletronorte

BNDES libera R$13,6 bilhões para o setor elétrico
O BNDES desembolsou para o setor elétrico R$13,6 bilhões. O montante equivale a 8% do total liberado pelo banco e representa uma queda de 4% frente ao desempenho de 2009. Já as aprovações de financiamentos para a área foram de R$17,5 bilhões, o que representa 9% do total liberado. Frente a 2009, houve alta de 3% nos negócios aprovados. Os desembolsos do BNDES atingiram R$ 168,4 bilhões em 2010, o que representou aumento de 24% em relação ao ano anterior. O resultado considera a operação de capitalização da Petrobras, no valor de R$ 24,7 bilhões. Descontada essa operação – pontual e não recorrente –, os desembolsos do banco encerraram o ano passado em R$ 143,7 bilhões, com alta de 5% na comparação com 2009.

PMDB vai comandar Furnas e Eletronorte
A presidente Dilma Rousseff decidiu entregar a presidência de Furnas ao PMDB. Ela exigiu, no entanto, que a escolha recaia sobre um técnico do setor elétrico. O deputado Eduardo Cunha já anunciou que vai reunir a bancada do Rio na segunda-feira, dia 31, para escolher três nomes e apresentar ao governo. O PT, no entanto, ainda briga para que o escolhido seja um nome de Minas Gerais. A presidente também determinou que o PT pare de bombardear a estatal. Dilma não gostou do fato de o PT do Rio ter vazado o documento apócrifo, produzido por engenheiros de Furnas, com críticas à gestão pemedebista da empresa.

O PMDB também ganhou a queda de braço na indicação da Eletronorte. A indicação, nesse caso, ficará a cargo do senador José Sarney (PMDB/MA). Já a Eletrobrás deverá mesmo ser presidida por Flávio Decat, da cota pessoal da presidente. Apesar da tentativa de encerrar a batalha, esta disputa está longe de terminar. O PT não vai se contentar com a derrota e a nova administração que assumir Furnas será alvo constante de fiscalização.

Aneel adia prazo de entrega de estudos de viabilidade de hidrelétricas
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu adiar o prazo para a entrega de estudos de viabilidade de quatro hidrelétricas. Os empreendimentos, que deveriam ter concluído as análises em 2009 e 2010, agora poderão entregar os documentos até 30 de dezembro deste ano. De acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 26 de janeiro.
A hidrelétrica Cachoeirão (64MW), a menor dentre as previstas, será instalada no rio Juruena, no Mato Grosso. Já a usina de Mirador (106MW), planejada para a bacia do rio Tocantins, em Goiás. Foram adiados, ainda, os estudos referentes a duas plantas de grande porte. A hidrelétrica de Marabá (2.160MW), no rio Tocantins, entre o Pará e o Maranhão e a hidrelétrica de Jatobá (2.338MW), no rio Tapajós, no Amazonas. A Aneel ainda ampliou o período para que a HP Energética apresente o Projeto Básico da PCH Ferros (16,6MW), localizada no rio Santo Antônio, em Minas Gerais. Esse projeto terá até 7 de julho para protocolar o documento junto à agência.

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