O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que a expectativa do governo federal é realizar, ainda no primeiro semestre de 2011, três leilões de energia. "É uma ideia preliminar ainda, mas a nossa expectativa é de realizar um leilão A-5 (com cinco anos de antecedência); um A-3 e um leilão de energia de reserva", afirmou o executivo, após o término do último leilão de energia nova deste ano, realizado hoje (17/12).
Tolmasquim não deu detalhes sobre quais projetos participariam das licitações, mas afirmou que a usina no rio Tapajós, no Pará, não deverá entrar por falta de tempo hábil. Também comentou que as usinas que não entraram neste ano, como Sinop e Ribeiro Gonçalves, assim como Estreito Parnaíba e Cachoeira, que participaram deste leilão, mas não foram arrematadas, poderão ir a disputa em 2011.
Assim como este ano, o governo federal irá privilegiar a contratação de energia a partir de hidrelétricas nos leilões. Tolmasquim disse que alguns projetos que não entraram neste ano, como Sinop, Ribeiro Gonçalves e Foz do Apiacá, assim como Estreito Parnaíba e Cachoeira, que não foram concedidas no leilão de hoje, podem entrar nas licitações do próximo ano. O presidente da EPE afirmou, contudo, que o leilão das usinas do Rio Tapajós não acontecerá em 2011. "Não haverá tempo hábil para isso".
Em relação ao leilão de reserva, o presidente da EPE, destacou que ele deverá contemplar fontes de energia renováveis.
Caso a demanda das distribuidoras não seja atendida, o governo poderá realizar mais um leilão A-5 no segundo semestre. Embora não seja descartada a contratação de energia térmica no próximo ano, Tolmasquim frisou que a prioridade é para geração limpa. "Em algum momento, a contratação de térmicas irá aparecer nos estudos do planejamento, até porque as hidrelétricas estão sendo construídas sem reservatórios", acrescentou o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner.
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