quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A ameaça de nova alta no preço da energia

Os consumidores de energia elétrica recolherão, este ano, aos cofres do governo, a quantia recorde de R$ 17 bilhões, um substancial aumento em relação aos R$ 13,65 bilhões do ano passado, quando praticamente não houve variação na comparação com os R$ 13,58 bilhões de 2008.

Embora positiva quando analisada do lado da reativação da economia, em 2010, já que em 2009, o país ainda sofria os reflexos da retração do último trimestre de 2008, a elevada quantia correspondente a nove tributos, é mais um incômodo componente da carga tributária que pesa sobre todos os brasileiros.

Nesta terça-feira, sempre é bom lembrar, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo, bateu em um trilhão e 200 bilhões de reais em tributos totais recolhidos este ano no país.

No caso da energia, além dos impostos, outros custos rondam o bolso dos consumidores. Um deles pode ser provocado pelo novo modelo de contratação, cujo primeiro teste acontecerá na leilão de energia nova de fonte hídrica, na próxima sexta-feira.

A preocupação dos analistas é que as novas normas, ao abrirem a possibilidade de sobrecontratação pelas distribuidoras, podem causar sobressaltos no mercado, com reflexos no preço final.

"Há um conjunto de leilões que aponta para uma elevação média do custo de energia bastante acentuada", prevê Fernando Umbria, assessor da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e dos Consumidores Livres (Abrace).

É mais um assunto incômodo à espera de Dilma Rousseff, que assume a Presidência da República no próximo dia 1º de janeiro.

Espera-se que sua comprovada experiência no setor, na condição de principal responsável pelo modelo energético vigente no país, cuja implantação comandou como ministra de Minas e Energia, no governo Lula, continue a ser usada para evitar sobressaltos nos orçamentos domésticos e das empresas. E que poderiam se refletir negativamente na manutenção do bom ritmo da atividade econômica. (Brasil Econômico)

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