O setor de energia começará a década comumcenário bastante diferente daquele com que entrounos anos 2000. Os blecautes e o aumento do abastecimento abaixo do crescimento do consumo, que culminaram no apagão de 2001, são realidades que, por incrível que pareça, estão finalmente afastadas.
Representantes do governo e especialistas do setor entendem que todos os projetos em andamento para a construção de usinas elétricas, hoje, dão conta de superar um crescimento econômico de 7% ao ano até pelo menos 2014 , sem que nenhuma casa e nenhuma indústria tenha que apagar umalâmpada por isso. “A discussão da falta de energia, hoje, está resolvida. Uma série de ações foi desencadeada após o apagão e atualmente há recursos para garantir o abastecimento”, avalia o presidente executivo da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa. “O problema é que isso veio junto com um aumento de custo”, completa.
O preço da energia, de 2001 até 2010, acumulou alta na faixa dos 200%, informa Pedrosa, enquanto índices de inflação, como o IPCA, ou o IGP-M, registraram 70% e 105%, respectivamente. Os altos preços, em parte, vêm da opção dos últimos anos por construir e aumentar a participação das termelétricas movidas a gás ou carvão, a opção mais rápida que se encontrou para aumentar a oferta de energia pós-apagão. No entanto, as térmicas não só são mais poluentes, como também mais caras de manter que as hidrelétricas, e, de 2001 para cá, sua participação na matriz, que era praticamente zero, já beira os 20%.
Por outro lado, o velho problema que segura para cima os preços continua sendo a carga tributária. Segundo o Instituto Acende Brasil, a tarifa de energia brasileira, que está entre as mais caras do mundo, carrega 45% apenas em impostos e encargos. “A carga tributária média brasileira, como um todo, é de cerca de 35% ,e com esse percentual já é uma das mais elevadas do mundo. A de energia está acima disso. O Brasil é oúnico país que tributa a energia elétrica acima de sua média geral”, pontua o presidente do Acende Brasil, Cláudio Sales.
A arrecadação do setor elétrico, segundo um “impostômetro” em tempo real criado pelo Acende Brasil em parceria com a consultoria PricewaterhouseCoopers, acumulou no ano, até a tarde de sexta-feira, R$ 38,1 bilhões: é o suficiente para construir duas hidrelétricas de Belo Monte, ou o equivalente a toda a verba do PAC destinada para saneamento básico emquatro anos. (Brasil Econômico)
O preço da energia, de 2001 até 2010, acumulou alta na faixa dos 200%, informa Pedrosa, enquanto índices de inflação, como o IPCA, ou o IGP-M, registraram 70% e 105%, respectivamente. Os altos preços, em parte, vêm da opção dos últimos anos por construir e aumentar a participação das termelétricas movidas a gás ou carvão, a opção mais rápida que se encontrou para aumentar a oferta de energia pós-apagão. No entanto, as térmicas não só são mais poluentes, como também mais caras de manter que as hidrelétricas, e, de 2001 para cá, sua participação na matriz, que era praticamente zero, já beira os 20%.
Por outro lado, o velho problema que segura para cima os preços continua sendo a carga tributária. Segundo o Instituto Acende Brasil, a tarifa de energia brasileira, que está entre as mais caras do mundo, carrega 45% apenas em impostos e encargos. “A carga tributária média brasileira, como um todo, é de cerca de 35% ,e com esse percentual já é uma das mais elevadas do mundo. A de energia está acima disso. O Brasil é oúnico país que tributa a energia elétrica acima de sua média geral”, pontua o presidente do Acende Brasil, Cláudio Sales.
A arrecadação do setor elétrico, segundo um “impostômetro” em tempo real criado pelo Acende Brasil em parceria com a consultoria PricewaterhouseCoopers, acumulou no ano, até a tarde de sexta-feira, R$ 38,1 bilhões: é o suficiente para construir duas hidrelétricas de Belo Monte, ou o equivalente a toda a verba do PAC destinada para saneamento básico emquatro anos. (Brasil Econômico)