O governo fechou ontem acordo com as 11 construtoras que vão construir a Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. Entre elas, estão as três maiores empreiteiras do País: Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, conforme antecipou o Estado. Juntas, as três deverão ter 50% da obra, que será reduzido em cerca de R$ 4 bilhões, para R$ 15 bilhões.
Todo o processo de construção da usina será liderado pela Andrade Gutierrez. É ela que definirá quem vai fazer o quê na obra. Abaixo da empresa estará, além de Camargo e Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Mendes Júnior, Contern, Galvão Engenharia, Cetenco, Serveng e J.Malucelli. Essas últimas participaram do consórcio original, que venceu o leilão de Belo Monte, em abril.
Segundo uma fonte ligada as negociações, na próxima semana todas as empresas vão assinar um pré-contrato, em que se comprometem a entregar uma série de documentos. Apenas depois de 30 dias é que o contrato de construção será realmente assinado.
O pré-contrato é necessário para que o governo assine o contrato de concessão, também previsto para a semana que vem, possivelmente no dia 26. O evento terá a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
As negociações com as empreiteiras foram intensas nos últimos dias e até a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, participou das conversas, recebendo executivos de construtoras como a Queiroz Galvão e a Andrade Gutierrez.
Além de liderar o pool das empreiteiras contratadas para tocar a obra, a Andrade também deverá assumir uma fatia societária na Norte Energia, empresa criada pelos vencedores do leilão da usina.
Reviravolta. A Andrade Gutierrez também participou do leilão, mas na época foi derrotada pelo grupo liderado pela estatal Chesf. Para entrar no bloco de sócios, a empreiteira terá de aguardar a assinatura do contrato de concessão, para comprar cota de algum dos 18 sócios do projeto.
Camargo e Odebrecht eram os grandes favoritos para levar Belo Monte, já que estudaram durante anos o projeto. Mas, com a revisão dos gastos por parte da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as duas construtoras desistiram do empreendimento, alegando ser economicamente inviável.
Na época, eles calculavam que a obra custaria R$ 30 bilhões, bem acima dos R$ 19 bilhões calculados pela EPE. A desistência das duas construtoras chegou a colocar em risco a realização do leilão, mas o governo agiu rápido e mobilizou um consórcio próprio, com participação da Chesf, sete empreiteiras e grandes consumidores de energia (Bertin), que venceu o leilão.
Por terem salvo a disputa, essas empreiteiras acreditavam que seriam as líderes da obra. Mas perderam o jogo para as grandes construtoras do País. Depois do leilão, Camargo e Odebrecht voltaram a mostrar interesse pela obra, apesar de o vencedor ter oferecido deságio de 6% no leilão. Segundo uma fonte, o governo tinha todo o interesse em garantir que as grandes construtoras participassem da obra, mesmo se fosse apenas na condição de contratadas.
Isso porque, na avaliação da equipe do governo, o consórcio vencedor do leilão de Belo Monte, liderado pelo grupo Eletrobras, é formado também por muitas empresas do setor de construção, mas algumas delas de médio porte e com um porcentual pequeno na sociedade.
Assim, as grandes construtoras, mais experientes, dariam mais solidez ao projeto e garantiriam sua execução. Com a assinatura do contrato de concessão, a próxima queda de braço será conseguir a licença de instalação para iniciar a construção do canteiro de obras. (O Estado de São Paulo)
Todo o processo de construção da usina será liderado pela Andrade Gutierrez. É ela que definirá quem vai fazer o quê na obra. Abaixo da empresa estará, além de Camargo e Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Mendes Júnior, Contern, Galvão Engenharia, Cetenco, Serveng e J.Malucelli. Essas últimas participaram do consórcio original, que venceu o leilão de Belo Monte, em abril.
Segundo uma fonte ligada as negociações, na próxima semana todas as empresas vão assinar um pré-contrato, em que se comprometem a entregar uma série de documentos. Apenas depois de 30 dias é que o contrato de construção será realmente assinado.
O pré-contrato é necessário para que o governo assine o contrato de concessão, também previsto para a semana que vem, possivelmente no dia 26. O evento terá a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
As negociações com as empreiteiras foram intensas nos últimos dias e até a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, participou das conversas, recebendo executivos de construtoras como a Queiroz Galvão e a Andrade Gutierrez.
Além de liderar o pool das empreiteiras contratadas para tocar a obra, a Andrade também deverá assumir uma fatia societária na Norte Energia, empresa criada pelos vencedores do leilão da usina.
Reviravolta. A Andrade Gutierrez também participou do leilão, mas na época foi derrotada pelo grupo liderado pela estatal Chesf. Para entrar no bloco de sócios, a empreiteira terá de aguardar a assinatura do contrato de concessão, para comprar cota de algum dos 18 sócios do projeto.
Camargo e Odebrecht eram os grandes favoritos para levar Belo Monte, já que estudaram durante anos o projeto. Mas, com a revisão dos gastos por parte da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as duas construtoras desistiram do empreendimento, alegando ser economicamente inviável.
Na época, eles calculavam que a obra custaria R$ 30 bilhões, bem acima dos R$ 19 bilhões calculados pela EPE. A desistência das duas construtoras chegou a colocar em risco a realização do leilão, mas o governo agiu rápido e mobilizou um consórcio próprio, com participação da Chesf, sete empreiteiras e grandes consumidores de energia (Bertin), que venceu o leilão.
Por terem salvo a disputa, essas empreiteiras acreditavam que seriam as líderes da obra. Mas perderam o jogo para as grandes construtoras do País. Depois do leilão, Camargo e Odebrecht voltaram a mostrar interesse pela obra, apesar de o vencedor ter oferecido deságio de 6% no leilão. Segundo uma fonte, o governo tinha todo o interesse em garantir que as grandes construtoras participassem da obra, mesmo se fosse apenas na condição de contratadas.
Isso porque, na avaliação da equipe do governo, o consórcio vencedor do leilão de Belo Monte, liderado pelo grupo Eletrobras, é formado também por muitas empresas do setor de construção, mas algumas delas de médio porte e com um porcentual pequeno na sociedade.
Assim, as grandes construtoras, mais experientes, dariam mais solidez ao projeto e garantiriam sua execução. Com a assinatura do contrato de concessão, a próxima queda de braço será conseguir a licença de instalação para iniciar a construção do canteiro de obras. (O Estado de São Paulo)