terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cerca de 1 trilhão serão investidos na nova fronteira de energia que compreende as usinas do Madeira

O setor de energia deverá receber cerca de R$ 1 trilhão em investimentos nessa década, segundo estimativas do Plano Decenal de Energia, elaborado pela Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE). A maior parte dos recursos, cerca de 70%, será destinada à área de óleo e gás, que receberá R$ 672 bilhões. No segmento de energia elétrica, projetam-se investimentos de R$ 214 bilhões entre 2010 e 2019, dos quais R$ 175 bilhões em projetos de geração e R$ 39 bilhões em linhas de transmissão.

No Plano Decenal, prevê-se crescimento de 5,1% da demanda de energia elétrica ao ano até 2019. Para atender à expansão, será necessário adicionar cerca de 6.300 MW de nova capacidade ao ano até lá. "Nesse planejamento, demos prioridade a energia hidrelétrica e fontes alternativas", diz o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. A EPE estima que sejam instalados 35.245 MW nos próximos dez anos. Desse total, dois terços correspondem a projetos que foram leiloados e que estão em construção, como as hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio. Outras estão às vésperas de ter as obras iniciadas, como Belo Monte. "A situação de suprimento é tranquila com as obras contratadas. Além disso, o Brasil apresenta excedente de 5.800 MW médios de energia até 2014", diz Tolmasquim.

Com cerca de 70% do potencial hidrelétrico no Norte do país, a nova fronteira do setor, governo e empresas começaram a tocar, recentemente, na região, os três maiores projetos do país. Em Rondônia, no rio Madeira, estão em ritmo acelerado as obras de construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, com capacidade somada superior a 6 mil MW e investimentos de R$ 23 bilhões. (Valor Econômico)
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