A Agência Internacional de Energia publicou o estudo "Perspectivas em Tecnologias Energéticas 2010" (ETP 2010), que aponta alternativas consideradas viáveis para reduzir as emissões de carbono mundiais da área de energia. O documento alerta para a necessidade de uma "revolução tecnológica" que ajude a frear o aquecimento global. O texto ressalta que alguns campos já apresentam avanços - como a expansão das fontes eólica e solar, a volta à discussão da energia nuclear e a eficiência energética.
A entidade ainda lista as tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês), que ainda não são utilizadas em escala comercial, como fator chave para alcançar as metas de eliminação do CO2.
"As emissões de CO2 associadas às alterações climáticas continuam a crescer a um ritmo desenfreado", alerta a IEA. De acordo com os especialistas, "estudos recentes sugerem que as alterações climáticas vão ocorrer a um ritmo ainda mais rápido que o previsto anteriormente". Em suas ponderações, a agência trabalha com a meta de, até 2050, reduzir as emissões em 50% em relação aos níveis de 2000.
No cenário otimista traçado pelo ETP 2010, as emissões provenientes da geração de energia são reduzidas em 76%. Para chegar a esse número, projeta-se uma matriz energética em que 48% da geração seja proveniente de fontes renováveis, como usinas eólicas, solares e hídricas. As plantas nucleares também avançam, respondendo por 24% da energia. As centrais equipadas com tecnologias de captação e armazenamento de carbono vêm logo em seguida, com 17% da produção global.
O processo de CCS seria utilizado para captar 9,44Gt de carbono, sendo aplicado nas usinas de geração de energia (que responderiam por 55% das captações), na indústria (21%) e no processo de transformação de combustíveis (24%).
No cenário pessimista, os combustíveis fósseis chegam a 2050 como responsáveis por mais de dois terços da geração de energia, enquanto as fontes renováveis geram apenas 22% da demanda. E a tecnologia de CCS continua como hoje, ainda sem aplicação comercial. Com isso, as emissões de CO2 provenientes da geração de energia mais do que dobrariam no período.
Segundo o estudo, o CCS seria a principal ferramenta na luta contra o aquecimento global no setor de energia e responderia por 19% da redução nas emissões - à frente do uso de fontes renováveis, que colaboraria com 17%, e da energia nuclear, com 6%. A eficiência no uso de combustíveis, na geração elétrica e no uso de energia seria a responsável pelo cumprimento do restante da meta.
Na questão financeira, a IEA estima a necessidade de investimentos extras de US$46 trilhões em tecnologias energéticas para eliminar o carbono. Seriam cerca de US$750 bilhões anuais até 2030, quando o orçamento teria que ser ampliado para US$1,3 trilhão por ano até 2050. Clique aqui para acessar a versão em português do estudo. (Jornal da Energia)
A entidade ainda lista as tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês), que ainda não são utilizadas em escala comercial, como fator chave para alcançar as metas de eliminação do CO2.
"As emissões de CO2 associadas às alterações climáticas continuam a crescer a um ritmo desenfreado", alerta a IEA. De acordo com os especialistas, "estudos recentes sugerem que as alterações climáticas vão ocorrer a um ritmo ainda mais rápido que o previsto anteriormente". Em suas ponderações, a agência trabalha com a meta de, até 2050, reduzir as emissões em 50% em relação aos níveis de 2000.
No cenário otimista traçado pelo ETP 2010, as emissões provenientes da geração de energia são reduzidas em 76%. Para chegar a esse número, projeta-se uma matriz energética em que 48% da geração seja proveniente de fontes renováveis, como usinas eólicas, solares e hídricas. As plantas nucleares também avançam, respondendo por 24% da energia. As centrais equipadas com tecnologias de captação e armazenamento de carbono vêm logo em seguida, com 17% da produção global.
O processo de CCS seria utilizado para captar 9,44Gt de carbono, sendo aplicado nas usinas de geração de energia (que responderiam por 55% das captações), na indústria (21%) e no processo de transformação de combustíveis (24%).
No cenário pessimista, os combustíveis fósseis chegam a 2050 como responsáveis por mais de dois terços da geração de energia, enquanto as fontes renováveis geram apenas 22% da demanda. E a tecnologia de CCS continua como hoje, ainda sem aplicação comercial. Com isso, as emissões de CO2 provenientes da geração de energia mais do que dobrariam no período.
Segundo o estudo, o CCS seria a principal ferramenta na luta contra o aquecimento global no setor de energia e responderia por 19% da redução nas emissões - à frente do uso de fontes renováveis, que colaboraria com 17%, e da energia nuclear, com 6%. A eficiência no uso de combustíveis, na geração elétrica e no uso de energia seria a responsável pelo cumprimento do restante da meta.
Na questão financeira, a IEA estima a necessidade de investimentos extras de US$46 trilhões em tecnologias energéticas para eliminar o carbono. Seriam cerca de US$750 bilhões anuais até 2030, quando o orçamento teria que ser ampliado para US$1,3 trilhão por ano até 2050. Clique aqui para acessar a versão em português do estudo. (Jornal da Energia)