sexta-feira, 9 de julho de 2010

Eólicas na autoprodução

Os produtores independentes de energia estudam com carinho a possibilidade de utilizar usinas eólicas e de biomassa para expandir a oferta.

Sensivelmente associados ao mercado livre, esses empreendedores entendem que a eficiência das duas modalidades melhorou muito, e já se enxerga competitividade em ambas.

O presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Mário Menel, informa que está na mesa de discussão a possibilidade de construir parques eólicos com cerca de 70 MW a 80 MW, monitorar resultados práticos e avaliar investimentos.

Isso não significa, frisa Menel, que as hidrelétricas ficarão em segundo plano, apesar da obrigatoriedade da destinação de parcela da energia ao ambiente cativo. Pelo contrário: o esforço para que os autoprodutores estivessem presentes na UHE Belo Monte foi bem-sucedido. Mas o modelo precisa ser aperfeiçoado para os próximos leilões, explica o executivo.

A possibilidade de formação de uma sociedade de propósito específico (SPE) – não permitida no caso de Belo Monte – é um passo prioritário. Isso resolveria uma série de questões e riscos. Entre eles, o envolvimento direto das grandes empresas na geração de energia destinada ao mercado cativo. “Somos autoprodutores, não geradores de energia”, esclarece Menel.
(Revista Brasil Energia)