A Eletrobras tem intenção de "ganhar todas" as hidrelétricas que serão ofertadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em leilão na próxima sexta-feira. A participação da estatal -que controla, entre outras, Eletronorte, Furnas e Eletrosul- será feita em parceria com empresas privadas do setor elétrico, fundos de pensão e de investimento ou autoprodutoras.
"A Eletrobras vai disputar todas as hidrelétricas que serão licitadas no leilão A-5. A formação dos consórcios ainda não está fechada, mas é certo que as empresas disputarão o leilão com parceiros privados. Temos interesse em todas as usinas que serão licitadas", informou a holding à Reuters.
Além das usinas hidrelétricas de Garibaldi, Ferreira Gomes e Colíder, o governo receberá no leilão ofertas de energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e da energia da usina de Santo Antonio do Jari (AP).
Segundo a Aneel, irão a leilão três novos empreendimentos, localizados em diferentes regiões e com valores máximos por megawatt-hora (MWh) distintos. Como a modalidade do leilão é A-5, o início da geração está previsto para 2015.
A Usina Hidrelétrica de Garibaldi será construída no rio Canoas, nos municípios de Cerro Negro e Abdon Batista (SC). A potência instalada é de, no mínimo, 177,9 MW. O preço-teto para a usina, cujos investimentos serão de 719,3 milhões de reais, será de 133 reais por MWh.
A usina de Ferreira Gomes será construída no rio Araguari, nos municípios de Araguari e Ferreira Gomes (AP). A potência instalada mínima é de 252 MW. O preço-teto por MWh é de 83 reais, com investimentos de 810,7 milhões de reais.
A usina com mais investimentos é a Colíder. Com capacidade instalada de 300 MW, no rio Teles Pires, em Nova Canaã do Norte, Colíder e Itaúba (MT), a Aneel prevê investimentos de 1,2 bilhão de reais e preço-teto de 116 reais por MWh.
Para as PCHs, o leilão refere-se a usinas com construção autorizada ou em andamento e, assim, já haverá um ofertante de energia. Nesse caso, o preço máximo a ser pago é de 155 reais por MWh, e o ofertante pode não vender toda a energia, podendo comercializar parte no mercado livre, a preços diferentes. No caso de Santo Antônio do Jari, usina de 300 MW, o preço-teto é de 100 reais por MWh. A Aneel não soube informar se a usina está em construção ou se apenas a autorização foi concedida.
FOCO EM NOVAS USINAS
O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, acredita que o grande foco do leilão será nas usinas hidrelétricas. "A venda de energia das pequenas usinas já têm uma dinâmica própria... Eles podem vender energia para o mercado livre sem um leilão da Aneel."
Para o consultor de energia Silvio Areco, da Andrade & Canellas, a hidrelétrica de Garibaldi será a mais concorrida. Existe expectativa de que a CPFL Energia participe da disputa. Além de ter participado do desenvolvimento do projeto, a CPFL terá em breve uma usina em funcionamento, a de Foz do Chapecó, a cerca de 250 quilômetros.
"Já existe uma logística na região e a CPFL tem distribuidora no Rio Grande do Sul", observou Areco. Procurada pela Reuters, a CPFL Energia preferiu não comentar o assunto. (Ag. Reuters)
"A Eletrobras vai disputar todas as hidrelétricas que serão licitadas no leilão A-5. A formação dos consórcios ainda não está fechada, mas é certo que as empresas disputarão o leilão com parceiros privados. Temos interesse em todas as usinas que serão licitadas", informou a holding à Reuters.
Além das usinas hidrelétricas de Garibaldi, Ferreira Gomes e Colíder, o governo receberá no leilão ofertas de energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e da energia da usina de Santo Antonio do Jari (AP).
Segundo a Aneel, irão a leilão três novos empreendimentos, localizados em diferentes regiões e com valores máximos por megawatt-hora (MWh) distintos. Como a modalidade do leilão é A-5, o início da geração está previsto para 2015.
A Usina Hidrelétrica de Garibaldi será construída no rio Canoas, nos municípios de Cerro Negro e Abdon Batista (SC). A potência instalada é de, no mínimo, 177,9 MW. O preço-teto para a usina, cujos investimentos serão de 719,3 milhões de reais, será de 133 reais por MWh.
A usina de Ferreira Gomes será construída no rio Araguari, nos municípios de Araguari e Ferreira Gomes (AP). A potência instalada mínima é de 252 MW. O preço-teto por MWh é de 83 reais, com investimentos de 810,7 milhões de reais.
A usina com mais investimentos é a Colíder. Com capacidade instalada de 300 MW, no rio Teles Pires, em Nova Canaã do Norte, Colíder e Itaúba (MT), a Aneel prevê investimentos de 1,2 bilhão de reais e preço-teto de 116 reais por MWh.
Para as PCHs, o leilão refere-se a usinas com construção autorizada ou em andamento e, assim, já haverá um ofertante de energia. Nesse caso, o preço máximo a ser pago é de 155 reais por MWh, e o ofertante pode não vender toda a energia, podendo comercializar parte no mercado livre, a preços diferentes. No caso de Santo Antônio do Jari, usina de 300 MW, o preço-teto é de 100 reais por MWh. A Aneel não soube informar se a usina está em construção ou se apenas a autorização foi concedida.
FOCO EM NOVAS USINAS
O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, acredita que o grande foco do leilão será nas usinas hidrelétricas. "A venda de energia das pequenas usinas já têm uma dinâmica própria... Eles podem vender energia para o mercado livre sem um leilão da Aneel."
Para o consultor de energia Silvio Areco, da Andrade & Canellas, a hidrelétrica de Garibaldi será a mais concorrida. Existe expectativa de que a CPFL Energia participe da disputa. Além de ter participado do desenvolvimento do projeto, a CPFL terá em breve uma usina em funcionamento, a de Foz do Chapecó, a cerca de 250 quilômetros.
"Já existe uma logística na região e a CPFL tem distribuidora no Rio Grande do Sul", observou Areco. Procurada pela Reuters, a CPFL Energia preferiu não comentar o assunto. (Ag. Reuters)