sexta-feira, 2 de março de 2012

Energia eólica pode ser solução para Norte e Nordeste diz Benedito de Lira

A energia eólica como fonte complementar de energia para o Brasil foi defendida em Plenário ontem (1/3) pelo senador Benedito de Lira (PP-AL). O senador apontou esse tipo de energia como solução para o desenvolvimento das regiões mais pobres do país, como o Norte e Nordeste e pediu maiores investimentos do governo e da iniciativa privada no setor. Ele ressaltou que a energia eólica é limpa, renovável e barata, sendo ainda a que mais assegura a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.

Benedito de Lira divulgou números que mostram a energia eólica ocupando um espaço ainda bem reduzido entre as matrizes energéticas adotadas no Brasil. A energia consumida no país é quase toda de fonte hidrotérmica, disse. As usinas hidrelétricas respondem por 71% da produção, e usinas térmicas, movidas a óleo, gás, carvão ou combustível nuclear, garantem 28%. A energia eólica responde apenas por 1% do total.

O senador mostrou-se, no entanto, otimista quanto à ampliação do uso da energia eólica. Ele informou que o ano de 2011 registrou um forte crescimento do setor, aliado ao fato de o Brasil ter passado a produzir a energia eólica mais barata de todo o mundo. Já o Plano Decenal de Expansão de Energia, do Ministério de Minas e Energia, prevê o aumento progressivo da capacidade instalada de 123.192 megawatts para 171.138 megawatts em 2020. Com os investimentos, a estimativa é de que, até lá, a energia eólica passe a responder por 6,5% da produção de energia no Brasil.

Benedito de Lira também destacou o papel do Brasil como quinto maior investidor em energias renováveis de todo o mundo, tendo destinado ao segmento cerca de US$7 bilhões em 2011 - duas vezes mais do que todos os 52 países africanos investiram juntos. Isso demonstra, na avaliação do senador, o "esforço notável" do país para garantir um desenvolvimento com sustentabilidade.

Diante deste cenário, Benedito de Lira fez um apelo ao Ministério de Minas e Energia e aos empresários do setor para que se empenhem no cumprimento das metas do Plano Decenal de Expansão da Energia e, se possível, até aumentem os investimentos no setor.

- Nós temos vento e solo com abundância, especialmente no Norte e no Nordeste brasileiros, região mais pobre do país, mas faltam investimentos. É preciso haver investimentos pesados nessa área, para que possamos ter energia mais barata, especialmente na região rural, para que os perímetros de irrigação possam funcionar 24 horas por dia, produzindo alimento, riqueza, emprego e dignidade e bem-estar para a população - defendeu o senador. (Agência Senado)

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