O Brasil poderá investir até US$ 3 bilhões em medidas de eficiência energética até 2020, segundo estimativa do International Finance Corp., unidade do Banco Mundial que analisa operações de crédito. Segundo o IFC, as companhias de serviços energéticos, que fornecem consultoria e auditoria de energia, podem investir até US$ 400 milhões no ano que vem em sistemas que ajudam clientes corporativos a cortar seu consumo de energia, disse Daniel Shepherd, gestor de programa para serviços de consultoria do IFC para América Latina e Caribe.
Tarifas altas de eletricidade no Brasil significam que companhias industriais podem ter que reduzir suas contas de energia em mais de um terço por meio da instalação de iluminação mais eficiente ou plantas de co-geração. O IFC está procurando educar os bancos sobre os retornos potenciais desses projetos e encorajálos a oferecer financiamento mais barato.
A maior parte das cerca de 80 companhias de serviço de energia "não são consideradas merecedoras de crédito por instituições financeiras", disse Shepherd. Os bancos "precisam entender o modelo de negócio" dos projetos. As taxas de financiamento de até 18% ao ano no Brasil desestimulam empresas a fazer esses projetos por elas próprias, disse ele. (Brasil Econômico)
Leia também:
* Pinga-Fogo Setor Elétrico: Copel, State Grid, Cemig, UHEs Santo Antônio e Jirau
* Furnas distribui R$ 184,7 milhões em royalties na geração de energia
* Celpa: administrador avalia como pagará atrasados a funcionários
* Ampliação de hidrovia Tietê-Paraná vai permitir construção de três hidrelétricas
* Medidas para reindustrialização têm de incluir corte de encargos da energia