A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão de planajemento ligado ao Ministério de Minas e Energia, vai sentar junto com o Ministério de Meio Ambiente e com o ICMBio para decidir quais hidrelétricas poderão ser construídas na Amazônia. O presidente da entidade, Maurício Tolmasquim, adiantou nesta terça-feira (8/5), durante evento no Rio de Janeiro, que o objetivo é definir quais áreas devem ser preservadas e quais estão livres para a instalação das usinas. As primeiras bacias a passar por tal processo serão as do Tapajós e do Juruena.
A análise, de acordo com Tolmasquim, será feita com o auxílio de um software utilizado em outros países, como a Austrália, e com equipes de consultores contratadas pelo MMA. O resultado da ação conjunta deve ser uma avaliação mais concreta da viabilidade dos projetos, o que pode levar o governo a até mesmo descartar algumas das usinas previstas. Ele lembra que em Belo Monte, por exemplo, houve alterações no projeto para não atingir uma terra indígena com cerca de 222 habitantes, o que evidenciaria a sensibilidade do governo com essas populações.
O executivo da EPE afirma que em áreas já antropizadas, com grande presença humana, como as que recebem as UHEs de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte, a intenção é "levar desenvolvimento" junto com os empreendimentos, até para fazer com que eles sejam mais aceitos pela sociedade. Já no caso de usinas em regiões com pouca presença humana, a ideia é preservar o máximo possível. Para isso, foi criado o conceito de usinas plataforma, que não terão grandes canteiros e vilas para trabalhadores, sendo operadas por funcionários levados de helicóptero
As usinas do rio Tapajós, pelas previsões da EPE, devem ser as primeiras a utilizar tal conceito plataforma. Já definidas pelo Comitê Nacional de Política Energética (CNPE) como projetos estruturantes e prioritários, eles devem começar a ser licitados no final de 2013 ou no início de 2014, com as plantas de São Luiz do Tapajós e Jatobá.
Além disso, estudos de inventário em andamento na região amazônica já identificaram o potencial de cerca de 9 mil MW em novas usinas na bacia dos rios Trombetas e Negro, além de 12 mil MW distribuídos entre os rios Jari, Juruena, Banco, Araguaia e Tibagi. Segundo Tolmasquim, as análises em andamento já cobrem praticamente todo o potencial da Amazônia. (Jornal da Energia)
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A análise, de acordo com Tolmasquim, será feita com o auxílio de um software utilizado em outros países, como a Austrália, e com equipes de consultores contratadas pelo MMA. O resultado da ação conjunta deve ser uma avaliação mais concreta da viabilidade dos projetos, o que pode levar o governo a até mesmo descartar algumas das usinas previstas. Ele lembra que em Belo Monte, por exemplo, houve alterações no projeto para não atingir uma terra indígena com cerca de 222 habitantes, o que evidenciaria a sensibilidade do governo com essas populações.
O executivo da EPE afirma que em áreas já antropizadas, com grande presença humana, como as que recebem as UHEs de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte, a intenção é "levar desenvolvimento" junto com os empreendimentos, até para fazer com que eles sejam mais aceitos pela sociedade. Já no caso de usinas em regiões com pouca presença humana, a ideia é preservar o máximo possível. Para isso, foi criado o conceito de usinas plataforma, que não terão grandes canteiros e vilas para trabalhadores, sendo operadas por funcionários levados de helicóptero
As usinas do rio Tapajós, pelas previsões da EPE, devem ser as primeiras a utilizar tal conceito plataforma. Já definidas pelo Comitê Nacional de Política Energética (CNPE) como projetos estruturantes e prioritários, eles devem começar a ser licitados no final de 2013 ou no início de 2014, com as plantas de São Luiz do Tapajós e Jatobá.
Além disso, estudos de inventário em andamento na região amazônica já identificaram o potencial de cerca de 9 mil MW em novas usinas na bacia dos rios Trombetas e Negro, além de 12 mil MW distribuídos entre os rios Jari, Juruena, Banco, Araguaia e Tibagi. Segundo Tolmasquim, as análises em andamento já cobrem praticamente todo o potencial da Amazônia. (Jornal da Energia)
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