O deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) voltou a criticar, nesta terça-feira, a ampliação pelo governo Lula das fontes de energia suja na matriz energética brasileira, principalmente a gerada por termoelétrica que, além de mais cara, é poluente.
“É um descalabro um país com enorme potencial para geração de energia alternativa investir tanto em fontes sujas”, lamenta Jardim, que em recente reunião com o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hübner, e o ministro de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, cobrou a realização de mais leilões de energia renováveis.
Segundo Jardim, há grande expectativa em relação aos futuros leilões de energia eólica e de biomassa, a que é obtida por meio do bagaço da cana-de-açucar. “A intensificação de leilões da chamada energia limpa é bom para o país, para o meio ambiente e o consumidor”, disse, ao destacar o “sucesso” do leilão de energia eólica realizado o ano passado.
Concessões
Para Arnaldo Jardim, que é membro da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, o Palácio do Planalto também erra ao deixar para o próximo governo a discussão das 60 concessões do setor de energia (geração, distribuição e transmissão) que vencem 2015.
“Como existe amadurecimento e consenso sobre o tema estabelecidos em seminário da Comissão de Minas e Energia da Câmara em parceiria com o jornal Valor Econômico, em setembro do ano passado, não há porque protelar a decisão”, argumenta o deputado.
Ele diz que a antecipação da renovação das concessões poderá representar uma “diminuição significativa do custo de energia” no país. “Por isso defendo que esse debate seja feito este ano já que diversos contratos de fornecimento de energia vencem em 2012”.
Eficiência energética
No encontro com Zimmermann e Hübner, Jardim enfatizou ainda a necessidade de o governo “reforçar suas ações” no programa de eficiência energética. “A energia é estratégica para qualquer sociedade pela forma como é produzida e consumida”, disse Jardim, ao chamar a atenção para a necessidade de mudança do padrão de consumo de energia. “A sociedade precisa estar atenta ao fato de que a melhor energia é a que se economiza. Ela é a mais barata e com menor impacto ambiental”, salientou. (Site do Dep. Arnaldo Jardim)
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