BRASÍLIA - O total de área a ser alagada pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte corresponde a menos do que é desmatado em um dia na Amazônia, afirmou nesta quinta-feira, 27, o professor da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB), Ivan de Toledo Camargo, durante debate sobre energias renováveis, no 27º Fórum Brasil Europa, promovido pela UnB em parceria com instituições internacionais.
"Belo Monte equivale a menos do que é desmatado diariamente na Amazônia. Nos últimos anos, em média, todo dia são pelo menos 500 quilômetros quadrados a menos de florestas. É uma dimensão muito próxima ao que está previsto em termos de área a ser alagada por essa hidrelétrica, que garantirá boa parte da energia a ser consumida no País", disse o professor. Camargo integrou a Câmara de Gestão da Crise durante o racionamento de energia em 2001.
O engenheiro elétrico disse estar mais preocupado com os estragos que serão provocados pelas pessoas atraídas para a região por causa da usina.
Outro assunto abordado por ele foi o uso de energia solar proveniente de painéis pelo Brasil. "É um equívoco encher o País de painéis de energia solar. Esse tipo de energia só é indicado para as comunidades isoladas. Apenas discursos vazios e sem dados defendem isso", argumentou.
"Nem a energia solar nem a eólica são a solução para o Brasil. Primeiro por serem sazonais, ficando interrompidas em períodos do ano. Precisamos investir pesado nas eólicas, mas tendo em mente a necessidade de sistemas complementares, provavelmente à base de hidrelétricas e de biomassa", afirmou.
Camargo sugere que se aproveite o bagaço de cana-de-açúcar nesses sistemas complementares. "Na Europa, a energia eólica é complementada por usinas térmicas. Temos, no Brasil, condições de usar o bagaço da cana, que atualmente tem apenas 10% de aproveitamento", acrescentou.
"O Brasil possui 9 milhões de hectares dedicados a plantações de cana-de-açúcar. Em 2020, serão 12 milhões. Ou seja: teremos ainda muita energia que poderá ser gerada a partir da biomassa", avalia o professor. (O Estado de S. Paulo)
"Belo Monte equivale a menos do que é desmatado diariamente na Amazônia. Nos últimos anos, em média, todo dia são pelo menos 500 quilômetros quadrados a menos de florestas. É uma dimensão muito próxima ao que está previsto em termos de área a ser alagada por essa hidrelétrica, que garantirá boa parte da energia a ser consumida no País", disse o professor. Camargo integrou a Câmara de Gestão da Crise durante o racionamento de energia em 2001.
O engenheiro elétrico disse estar mais preocupado com os estragos que serão provocados pelas pessoas atraídas para a região por causa da usina.
Outro assunto abordado por ele foi o uso de energia solar proveniente de painéis pelo Brasil. "É um equívoco encher o País de painéis de energia solar. Esse tipo de energia só é indicado para as comunidades isoladas. Apenas discursos vazios e sem dados defendem isso", argumentou.
"Nem a energia solar nem a eólica são a solução para o Brasil. Primeiro por serem sazonais, ficando interrompidas em períodos do ano. Precisamos investir pesado nas eólicas, mas tendo em mente a necessidade de sistemas complementares, provavelmente à base de hidrelétricas e de biomassa", afirmou.
Camargo sugere que se aproveite o bagaço de cana-de-açúcar nesses sistemas complementares. "Na Europa, a energia eólica é complementada por usinas térmicas. Temos, no Brasil, condições de usar o bagaço da cana, que atualmente tem apenas 10% de aproveitamento", acrescentou.
"O Brasil possui 9 milhões de hectares dedicados a plantações de cana-de-açúcar. Em 2020, serão 12 milhões. Ou seja: teremos ainda muita energia que poderá ser gerada a partir da biomassa", avalia o professor. (O Estado de S. Paulo)