A falta de conexão para escoamento da energia gerada pelos parques eólicos foi um problema vivenciado por empreendedores no último ano. Apesar da repercussão negativa para isso, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ressaltou que a ideia das ICGs foi “genial, mas que acabou dando errado”. Em debate realizado durante o Brazil Windpower, realizado nesta terça-feira (3), o presidente da EPE argumentou novamente que a viabilização das conexões trazia muitos benefícios, como a retirada para o empreendedor do custo da construção, e a construção de redes para cada parque, que poderia trazer negociações futuras entre os investidores, atrasando o processo.
“A ideia anterior era do ótimo, de chegar o parque e a linha, tudo junto, e do tamanho que precisa. Só que o ótimo é difícil de acontecer”, lamentou Tolmasquim.
Para o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, o principal problema é que a construção de linhas para o escoamento da energia não se viabiliza em um período curto como a construção da usina eólica em si, principalmente, devido a problemas de licenciamento.
“A gente tem que trabalhar, fazer articulações, mas não são só problemas inerentes ao setor elétrico. A maioria dos problemas das ICGs foram ambientais, de estudo do Iphan. Claro que tem problemas de construção, mas apenas 30% ou 40%. O restante é de problemas fora do setor”, ponderou Chipp.
Como o objetivo não foi alcançado, nos próximos leilões de energia nova, A-3 e A-5, marcados para ocorrer, respectivamente, em novembro e dezembro deste ano, o detentor da concessão será o responsável pela sua conexão. Caso não consiga entregar a energia gerada no período determinado, será penalizado.
A-5 buscará espaço para fontes complementares
Para garantir um maior espaço das fontes de energia complementares, o governo está estudando uma metodologia que deverá estipular uma segmentação para o próximo A-5, que será realizado em dezembro deste ano. A informação foi revelada pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, durante o Brazil Windpower 2013. “A ideia é termos produtos diferentes para dar mais espaço para as fontes, mas ainda estamos estudando o modelo”, declarou Tomalsquim.
Sobre a antecipação de leilões, o presidente da EPE reforçou que essa continua sendo a intenção, mas que, contudo, isso não poderá ocorrer com o de transmissão, em que estava sendo feito um trabalho para que fosse realizado ainda em dezembro.O problema é que apesar dos estudos técnicos, ainda é necessário a realização de estudos ambientais. Além disso, o projeto tem que passar pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e depois pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “Tem que ver se vai dar tempo para fazer tudo isso para o leilão de dezembro; senão fica para o início do ano que vem”. (Jornal da Energia)
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