A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) encerrou ontem as inscrições para o leilão de energia de reserva que está previsto para junho e contemplará parques eólicos, de biomassa e pequenas centrais hidroelétricas (PCHs). Segundo estimativas do setor, os empreendedores devem cadastrar cerca de 15.000 MW.
"Estou sentindo o mesmo entusiasmo do leilão exclusivo de dezembro. As empresas reestruturaram os projetos que não venceram, e muitos que estavam ainda em fase de medição, agora estão prontos. Por isso, deve superar os 13 GW daquele certame", projetou o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Lauro Fiúza.
Somadas as perspectivas já publicadas pelo DCI - a Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE) prevê entre 1GW e 1,5GW de PCHs, enquanto a Associação da Indústria de Co-geração de Energia (Cogen) acredita que haverá 1GW cadastrado de usinas de biomassa -, a EPE deve ter recebido por volta de 15 GW.
Sobre a demanda do governo, Fiúza acha que o montante irá superar os 1,8 GW eólicos licitados em dezembro do ano passado. "Deve ser mais, até porque, com Belo Monte (11.233MW), a necessidade de energia complementar aumenta. Acredito que passará de 3GW, e estamos propondo que seja dividido proporcionalmente às inscrições de cada fonte", afirmou o executivo.
Tal otimismo é visto também nas perspectivas dos investidores. A Chesf, por exemplo, que acaba de liderar o consórcio vencedor da usina de Belo Monte, participará do leilão com um parque eólico de 180 MW de potência. "Além dessa forma isolada, estamos em fase de entrevistar os interessados em formar parcerias", disse o superintendente de projetos e construção de geração, Rui Barbosa Pinto.
A subsidiária da Eletrobras quer se firmar na geração com a força dos ventos, após não ter sucesso nas negociações com a Martifer sobre as usinas Areia Branca (27 MW) e Mar e Terra (23 MW). Os empreendimentos saíram vitoriosos do certame do fim de 2009, quando a estatal tinha 49% de participação no momento que o projeto foi licitado. "Infelizmente, as negociações com a Martifer não evoluíram. A Chesf não participará desses parques", revelou Barbosa ao DCI.
E a tendência é mesmo de que as companhias que participaram do primeiro certame de eólicas aumentem a ambição, ou, no mínimo, continuem na mesma linha de atuação. "A Renova, por exemplo, que foi a grande vencedora em dezembro [270 MW em capacidade instalada], inscreveu mais 300 MW, e deve manter a ideia de contratar no mínimo 250 MW ao ano", projetou um analista de mercado.
Essa mesma fonte projeta um preço talvez um pouco maior que a média de R$ 148 vista no ano passado, "já que os melhores projetos já foram vendidos". O presidente da Abeeólica, porém, calcula que o custo de implantação do MW, que era de R$ 5,2 milhões, caiu até cerca de 20% neste período entre os leilões, por uma série de melhorias estruturais e pela competição da indústria do setor.
Outra empresa que ampliou a meta é a Bioenergy. Contemplada com três parques no primeiro certame que somam 162 MW - dois deles em parcerias, a companhia inscreveu 16 projetos eólicos, num total de 522 MW. "Metade participou do leilão do ano passado. Trocamos turbinas, melhoramos potência e fator de capacidade, otimizamos os sítios", considerou o presidente Sérgio Marques, que espera vender "algo entre 200 MW e 300 MW".
A Servtec, comandada pelo presidente da Abeeólica, Lauro Fiúza, também sonha com vôos mais altos. A companhia cadastrou "algo perto de 200 MW, mas em associações podemos chegar a até 400 MW", admitiu o executivo, que em dezembro não teve sucesso com seus projetos.
O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou ontem a sistemática do leilão de alternativas, formalizando a separação das fontes: biomassa terá três produtos, com início de suprimento em 2011, 2012 ou 2013; já eólicas e PCHs entregarão a energia a partir de setembro de 2013.(DCI)
"Estou sentindo o mesmo entusiasmo do leilão exclusivo de dezembro. As empresas reestruturaram os projetos que não venceram, e muitos que estavam ainda em fase de medição, agora estão prontos. Por isso, deve superar os 13 GW daquele certame", projetou o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Lauro Fiúza.
Somadas as perspectivas já publicadas pelo DCI - a Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE) prevê entre 1GW e 1,5GW de PCHs, enquanto a Associação da Indústria de Co-geração de Energia (Cogen) acredita que haverá 1GW cadastrado de usinas de biomassa -, a EPE deve ter recebido por volta de 15 GW.
Sobre a demanda do governo, Fiúza acha que o montante irá superar os 1,8 GW eólicos licitados em dezembro do ano passado. "Deve ser mais, até porque, com Belo Monte (11.233MW), a necessidade de energia complementar aumenta. Acredito que passará de 3GW, e estamos propondo que seja dividido proporcionalmente às inscrições de cada fonte", afirmou o executivo.
Tal otimismo é visto também nas perspectivas dos investidores. A Chesf, por exemplo, que acaba de liderar o consórcio vencedor da usina de Belo Monte, participará do leilão com um parque eólico de 180 MW de potência. "Além dessa forma isolada, estamos em fase de entrevistar os interessados em formar parcerias", disse o superintendente de projetos e construção de geração, Rui Barbosa Pinto.
A subsidiária da Eletrobras quer se firmar na geração com a força dos ventos, após não ter sucesso nas negociações com a Martifer sobre as usinas Areia Branca (27 MW) e Mar e Terra (23 MW). Os empreendimentos saíram vitoriosos do certame do fim de 2009, quando a estatal tinha 49% de participação no momento que o projeto foi licitado. "Infelizmente, as negociações com a Martifer não evoluíram. A Chesf não participará desses parques", revelou Barbosa ao DCI.
E a tendência é mesmo de que as companhias que participaram do primeiro certame de eólicas aumentem a ambição, ou, no mínimo, continuem na mesma linha de atuação. "A Renova, por exemplo, que foi a grande vencedora em dezembro [270 MW em capacidade instalada], inscreveu mais 300 MW, e deve manter a ideia de contratar no mínimo 250 MW ao ano", projetou um analista de mercado.
Essa mesma fonte projeta um preço talvez um pouco maior que a média de R$ 148 vista no ano passado, "já que os melhores projetos já foram vendidos". O presidente da Abeeólica, porém, calcula que o custo de implantação do MW, que era de R$ 5,2 milhões, caiu até cerca de 20% neste período entre os leilões, por uma série de melhorias estruturais e pela competição da indústria do setor.
Outra empresa que ampliou a meta é a Bioenergy. Contemplada com três parques no primeiro certame que somam 162 MW - dois deles em parcerias, a companhia inscreveu 16 projetos eólicos, num total de 522 MW. "Metade participou do leilão do ano passado. Trocamos turbinas, melhoramos potência e fator de capacidade, otimizamos os sítios", considerou o presidente Sérgio Marques, que espera vender "algo entre 200 MW e 300 MW".
A Servtec, comandada pelo presidente da Abeeólica, Lauro Fiúza, também sonha com vôos mais altos. A companhia cadastrou "algo perto de 200 MW, mas em associações podemos chegar a até 400 MW", admitiu o executivo, que em dezembro não teve sucesso com seus projetos.
O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou ontem a sistemática do leilão de alternativas, formalizando a separação das fontes: biomassa terá três produtos, com início de suprimento em 2011, 2012 ou 2013; já eólicas e PCHs entregarão a energia a partir de setembro de 2013.(DCI)
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