Brasília - Ao excluir a Eletronorte do leilão de Belo Monte para incluí-la obrigatoriamente no grupo que vencer, a direção da holding Eletrobras resolveu distribuir as outras três subsidiárias nos consórcios existentes de forma a atender certos pleitos políticos internos, avaliam profissionais das subsidiárias.
Nessa distribuição, levou vantagem a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que participará sozinha com 49,98% do consórcio Norte Energia. Já Furnas e Eletrosul dividirão a parcela de 49% no grupo Belo Monte Energia, com 24,5% para cada.
O benefício à Chesf, que poderá ter controle de metade da usina, se seu consórcio ganhar, acomoda uma série de interesses políticos, segundo executivo de uma das controladas da Eletrobras.
A subsidiária nordestina é a que mais suscitou críticas à recente reformulação interna da estatal, que resultou em mudança de gestão, da marca e do nome das coligadas, que agora carregam a holding, chamando-se Eletrobras-Chesf, por exemplo.
No Recife e em outras cidades do Nordeste, houve manifestações contra as mudanças. Um grupo político bastante heterogêneo e de funcionários da empresa chegou a abraçar a sede da Chesf.
Em discurso, eram contra o que consideravam perda de autonomia da Chesf, que acabaria esvaziada. Porém, dependendo do resultado do leilão, a Chesf poderá acabar como a única subsidiária da holding fora de Belo Monte.
Se o grupo Belo Monte Energia vencer, Furnas e Eletrosul estarão na sociedade e a Eletronorte também figurará no grupo de controle da usina. Porém, se o consórcio Norte Energia vencer, serão apenas Chesf e Eletronorte na parte estatal da sociedade.
Na visão desse grupo que combate as mudanças administrativas da companhia nordestina, a Chesf é a subsidiária que atualmente mais leva a holding a obter lucro.
Para uma fonte do governo federal, porém, tanto a Chesf quanto as outras subsidiária, hoje, só têm porte para participar de um empreendimento do tamanho de Belo Monte por força financeira da holding.
O grupo que defende a Chesf teme que, no processo de transformação da Eletrobras na " Petrobras do setor elétrico " , as subsidiárias percam qualquer autonomia para decidir em quais empreendimentos podem entrar.
Na prática, de fato, com a reforma da empresa nos últimos meses, todas as decisões estratégicas das subsidiárias agora têm de passar por crivo da controladora, avaliar fonte do governo federal. (Valor Econômico)
Nessa distribuição, levou vantagem a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que participará sozinha com 49,98% do consórcio Norte Energia. Já Furnas e Eletrosul dividirão a parcela de 49% no grupo Belo Monte Energia, com 24,5% para cada.
O benefício à Chesf, que poderá ter controle de metade da usina, se seu consórcio ganhar, acomoda uma série de interesses políticos, segundo executivo de uma das controladas da Eletrobras.
A subsidiária nordestina é a que mais suscitou críticas à recente reformulação interna da estatal, que resultou em mudança de gestão, da marca e do nome das coligadas, que agora carregam a holding, chamando-se Eletrobras-Chesf, por exemplo.
No Recife e em outras cidades do Nordeste, houve manifestações contra as mudanças. Um grupo político bastante heterogêneo e de funcionários da empresa chegou a abraçar a sede da Chesf.
Em discurso, eram contra o que consideravam perda de autonomia da Chesf, que acabaria esvaziada. Porém, dependendo do resultado do leilão, a Chesf poderá acabar como a única subsidiária da holding fora de Belo Monte.
Se o grupo Belo Monte Energia vencer, Furnas e Eletrosul estarão na sociedade e a Eletronorte também figurará no grupo de controle da usina. Porém, se o consórcio Norte Energia vencer, serão apenas Chesf e Eletronorte na parte estatal da sociedade.
Na visão desse grupo que combate as mudanças administrativas da companhia nordestina, a Chesf é a subsidiária que atualmente mais leva a holding a obter lucro.
Para uma fonte do governo federal, porém, tanto a Chesf quanto as outras subsidiária, hoje, só têm porte para participar de um empreendimento do tamanho de Belo Monte por força financeira da holding.
O grupo que defende a Chesf teme que, no processo de transformação da Eletrobras na " Petrobras do setor elétrico " , as subsidiárias percam qualquer autonomia para decidir em quais empreendimentos podem entrar.
Na prática, de fato, com a reforma da empresa nos últimos meses, todas as decisões estratégicas das subsidiárias agora têm de passar por crivo da controladora, avaliar fonte do governo federal. (Valor Econômico)
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