quinta-feira, 18 de março de 2010

Eficiência energética assume papel estratégico

A implementação de ações de eficiência energética assume hoje um caráter estratégico para o crescimento da economia do país de maneira conjugada às questões ambientais. O Brasil dispõe de um potencial de eficiência energética da ordem de 29,7 bilhões de kilowatts-hora (kWh) por ano, equivalentes a R$ 3,9 bilhões. Só na indústria, esse potencial chega a 9,2 bilhões de kWh/ano ou R$ 1,193 bilhão.

O terceiro relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, divulgado pala Organização das Nações Unidas (ONU), enfatiza que o pensamento atual deve ser orientado para o “quanto de energia se pode deixar de produzir se o consumo for mais eficiente”. Esse será o centro da discussão do workshop “Uso racional de energia na indústria, comércio e prédios públicos”, que a Planeja & Informa Comunicação e Marketing, empresa que atua na área de meio ambiente, promove hoje no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no Centro do Rio.

Representantes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Eletrobrás, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Sebrae e Firjan, entre outras, irão discutir novas tecnologias e apresentar modelos que sirvam como experiência para a indústria, o comércio e as edificações públicas na tentativa de fazer uso mais eficiente dos recursos energéticos.

Previsões da EPE indicam que o país deverá experimentar um salto de consumo de energia este ano com elevação de 9,4% na demanda, comparado a 2009, quando foram consumidos 388.204 gigawatts-hora (GWh).. Segundo o órgão, a partir de 2010, o consumo de energia no Brasil vai subir em média 5,2% ao ano até 2018.

Ainda de acordo com a EPE, as ações de eficiência energética poderão contribuir, nos próximos oito anos, com uma economia de 3% no consumo de energia, o que corresponderá a 21 mil gigawatts-hora (GWh) em 2018.

Além disso, a Eletrobrás destaca que a economia de energia por meio da arquitetura bioclimática pode chegar a 30%, com a readequação de edificações já existentes, e a 50% em novos projetos que já sejam planejados seguindo esse pensamento. (Setorial News)