A compra da Light pela Cemig vai muito além de uma simples aquisição. A companhia estatal mineira vai utilizar sua nova controlada como veículo de crescimento no segmento de distribuição de energia elétrica. O plano é aproveitar o fato da empresa fluminense ser um ente privado para conseguir acesso às linhas de crédito mais vantajosas que serão utilizadas em futuras aquisições.
A lista de ativos que estão no cardápio da Cemig inclui a Ampla, distribuidora que também atua no Rio de Janeiro, ativos da EDP Energias do Brasil e a Celesc, concessionária de Santa Catarina. Outra empresa que já chegou a figurar como potencial alvo da holding mineira foi a CEB, que atende ao Distrito Federal. “Vamos transformar a Light em uma empresa de crescimento”, afirmou nesta quinta-feira (25/03) o diretor financeiro e de relações com investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla.
No ano passado, a Cemig anunciou ao mercado a compra das participações da Andrade Gutierrez e da Equatorial na Light. Cada uma dessas empresas detinha 13,03% do capital. Com isso, a Cemig passaria a ter 39,09% de ações na companhia, que passaria com isso a ser estatal, já que 23% das ações estão listadas na bolsa e outros 23% estão nas mãos do BNDES.
Contudo, para garantir que a Light continue sendo uma companhia privada, a Cemig montou uma engenharia financeira parecida com aquela utilizada na aquisição da Terna. Uma sociedade de propósito específico (SPE) formada entre Cemig (49%) e o Fundo de Investimento e Participações (FIP) Redentor (51%) será a responsável pela compra dos 26,06% de participação da Andrade e da Equatorial. Com isso, a empresa do Rio de Janeiro continuará sendo privada e terá melhores condições para dar continuidade na consolidação de novos ativos.
Na visão dos diretores da Cemig, todos os novos ativos que a companhia vier a adquirir precisarão continuar sendo privados e deverão demandar o mínimo de capital do caixa da empresa. “Com esse FIP, não precisamos emitir nova dívida para consolidar essa aquisição”, explica Rolla, referindo-se à constituição do FIP Redentor, que já foi registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Com relação a opção de venda de ações assinada junto ao outro acionista da Light, o fundo Luce (13.03%), Rolla estrá confiante que os sócios não exercerão seu direito de vender 75% (que representa 9,75% do capital toal) desta participação à Cemig. Caso isso aconteça, o executivo disse que alguma estratégia será definida para manter a condição de empresa privada da Light. “Tenho absoluta certeza de que eles não vão exercer. Queremos eles como sócios”, afirmou.
Belo Monte
O diretor financeiro da Cemig ainda revelou que a companhia não irá integrar nenhum consórcio que vai disputar o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW), marcado pelo governo para 20 de abril. Rolla disse que talvez a Cemig utilize a mesma estratégia do leilão da hidrelétrica de Santo Antônio (3.150MW), quando a empresa se uniu ao consórcio vencedor depois do leilão.
De acordo com Rolla, há possibilidade de, após a realização do certame, a companhia se juntar ao consórcio vencedor. A construtora Andrade Gutierrez, que está se tornando sócia da Cemig ao comprar a participação de 33% que o fundo Southern Electric Brazil detém na empresa, já constituiu um grupo para a licitação do empreendimento, que ainda conta com a Vale, Neoenergia e Alcoa. (Jornal da Energia)
A lista de ativos que estão no cardápio da Cemig inclui a Ampla, distribuidora que também atua no Rio de Janeiro, ativos da EDP Energias do Brasil e a Celesc, concessionária de Santa Catarina. Outra empresa que já chegou a figurar como potencial alvo da holding mineira foi a CEB, que atende ao Distrito Federal. “Vamos transformar a Light em uma empresa de crescimento”, afirmou nesta quinta-feira (25/03) o diretor financeiro e de relações com investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla.
No ano passado, a Cemig anunciou ao mercado a compra das participações da Andrade Gutierrez e da Equatorial na Light. Cada uma dessas empresas detinha 13,03% do capital. Com isso, a Cemig passaria a ter 39,09% de ações na companhia, que passaria com isso a ser estatal, já que 23% das ações estão listadas na bolsa e outros 23% estão nas mãos do BNDES.
Contudo, para garantir que a Light continue sendo uma companhia privada, a Cemig montou uma engenharia financeira parecida com aquela utilizada na aquisição da Terna. Uma sociedade de propósito específico (SPE) formada entre Cemig (49%) e o Fundo de Investimento e Participações (FIP) Redentor (51%) será a responsável pela compra dos 26,06% de participação da Andrade e da Equatorial. Com isso, a empresa do Rio de Janeiro continuará sendo privada e terá melhores condições para dar continuidade na consolidação de novos ativos.
Na visão dos diretores da Cemig, todos os novos ativos que a companhia vier a adquirir precisarão continuar sendo privados e deverão demandar o mínimo de capital do caixa da empresa. “Com esse FIP, não precisamos emitir nova dívida para consolidar essa aquisição”, explica Rolla, referindo-se à constituição do FIP Redentor, que já foi registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Com relação a opção de venda de ações assinada junto ao outro acionista da Light, o fundo Luce (13.03%), Rolla estrá confiante que os sócios não exercerão seu direito de vender 75% (que representa 9,75% do capital toal) desta participação à Cemig. Caso isso aconteça, o executivo disse que alguma estratégia será definida para manter a condição de empresa privada da Light. “Tenho absoluta certeza de que eles não vão exercer. Queremos eles como sócios”, afirmou.
Belo Monte
O diretor financeiro da Cemig ainda revelou que a companhia não irá integrar nenhum consórcio que vai disputar o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW), marcado pelo governo para 20 de abril. Rolla disse que talvez a Cemig utilize a mesma estratégia do leilão da hidrelétrica de Santo Antônio (3.150MW), quando a empresa se uniu ao consórcio vencedor depois do leilão.
De acordo com Rolla, há possibilidade de, após a realização do certame, a companhia se juntar ao consórcio vencedor. A construtora Andrade Gutierrez, que está se tornando sócia da Cemig ao comprar a participação de 33% que o fundo Southern Electric Brazil detém na empresa, já constituiu um grupo para a licitação do empreendimento, que ainda conta com a Vale, Neoenergia e Alcoa. (Jornal da Energia)