A invasão das grandes construtoras brasileiras no setor elétrico faz parte da estratégia definida pelo governo para a área e é estimulada pessoalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso colocou em evidência as três maiores empreiteiras do país - Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez -, que passaram a ter ou a discutir sociedade com estatais na construção das novas grandes hidrelétricas.
Um auxiliar direto do presidente Lula resumiu da seguinte forma essa parceria: - É muito bom para o governo dividir com as empreiteiras os riscos e investimentos nessas grandes usinas e no setor elétrico. E, neste momento, no Brasil, não tem ninguém (do setor privado) com dinheiro suficiente para esses investimentos, a não ser as empreiteiras.
Segundo um integrante do primeiro escalão do governo, a ideia é estimular essa parceria com as empreiteiras não só na construção de hidrelétricas no Brasil, mas também no exterior, em países da América do Sul (onde há um projeto de integração energética), na República Dominicana e na África. Para isso, o governo tem oferecido recursos do BNDES.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, explica que a presença de estatais do setor elétrico nos consórcios com as empreiteiras dá confiabilidade aos parceiros e permite uma fiscalização maior dos empreendimentos pelo governo.
- Nessa parceria, dividimos riscos e benefícios. E a presença do sistema Eletrobrás é para dar segurança, confiabilidade e facilitar a construção das hidrelétricas - disse o ministro Lobão.
- O que fica claro é que o presidente Lula gosta muito das grandes construtoras. E não apenas para o setor elétrico, mas também para o setor petroquímico, entre outros - disparou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
Oposição faz crítica à política para o setor De forma reservada, outros integrantes da cúpula do PSDB também ressaltam as boas relações de Lula com os empreiteiros.
Um cardeal da oposição chegou a atribuir ao presidente Lula o fato de o empreiteiro Emílio Odebrecht ter recuado na disputa com a Camargo Corrêa pelas hidrelétricas do Madeira.
E, com a bênção do governo, agora as duas empresas se uniram para disputar a usina de Belo Monte, no Rio Xingu.
Para a oposição, o governo estaria dando às empreiteiras um grande negócio: elas participam das licitações como sócias, depois vendem parte de suas ações para fundos de pensão e empresas estatais. Mas ficam com o mais importante: a construção das hidrelétricas.
- O que está acontecendo é ruim. Esse modelo afugentou completamente qualquer empresário nacional, ou multinacional, que deseja ser investidor a longo prazo no setor elétrico - advertiu um parlamentar de oposição, ligado ao setor elétrico.
O líder do PT, deputado Fernando Ferro (PE), também ligado ao setor, rebate: - É preciso fazer investimentos no setor elétrico, e o governo definiu essa parceria para porque, do contrário, faltaria dinheiro para investimento nas áreas sociais. [O Globo]
Um auxiliar direto do presidente Lula resumiu da seguinte forma essa parceria: - É muito bom para o governo dividir com as empreiteiras os riscos e investimentos nessas grandes usinas e no setor elétrico. E, neste momento, no Brasil, não tem ninguém (do setor privado) com dinheiro suficiente para esses investimentos, a não ser as empreiteiras.
Segundo um integrante do primeiro escalão do governo, a ideia é estimular essa parceria com as empreiteiras não só na construção de hidrelétricas no Brasil, mas também no exterior, em países da América do Sul (onde há um projeto de integração energética), na República Dominicana e na África. Para isso, o governo tem oferecido recursos do BNDES.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, explica que a presença de estatais do setor elétrico nos consórcios com as empreiteiras dá confiabilidade aos parceiros e permite uma fiscalização maior dos empreendimentos pelo governo.
- Nessa parceria, dividimos riscos e benefícios. E a presença do sistema Eletrobrás é para dar segurança, confiabilidade e facilitar a construção das hidrelétricas - disse o ministro Lobão.
- O que fica claro é que o presidente Lula gosta muito das grandes construtoras. E não apenas para o setor elétrico, mas também para o setor petroquímico, entre outros - disparou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
Oposição faz crítica à política para o setor De forma reservada, outros integrantes da cúpula do PSDB também ressaltam as boas relações de Lula com os empreiteiros.
Um cardeal da oposição chegou a atribuir ao presidente Lula o fato de o empreiteiro Emílio Odebrecht ter recuado na disputa com a Camargo Corrêa pelas hidrelétricas do Madeira.
E, com a bênção do governo, agora as duas empresas se uniram para disputar a usina de Belo Monte, no Rio Xingu.
Para a oposição, o governo estaria dando às empreiteiras um grande negócio: elas participam das licitações como sócias, depois vendem parte de suas ações para fundos de pensão e empresas estatais. Mas ficam com o mais importante: a construção das hidrelétricas.
- O que está acontecendo é ruim. Esse modelo afugentou completamente qualquer empresário nacional, ou multinacional, que deseja ser investidor a longo prazo no setor elétrico - advertiu um parlamentar de oposição, ligado ao setor elétrico.
O líder do PT, deputado Fernando Ferro (PE), também ligado ao setor, rebate: - É preciso fazer investimentos no setor elétrico, e o governo definiu essa parceria para porque, do contrário, faltaria dinheiro para investimento nas áreas sociais. [O Globo]