O Ministério de Minas e Energia anunciou sexta-feira (05/02) que realizará no segundo trimestre de 2009 um leilão para a contratação de energia proveniente de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), usinas a biomassa e centrais eólicas. A decisão, publicada no Diário Oficial da União, é vista por associações do setor como um passo importante para o desenvolvimento dessas fontes, já que a realização de certames regulares é uma unanimidade entre os agentes.
"É uma importante sinalização para o segmento. Espero que isso faça parte de uma política efetiva envolvendo também financiamentos diferenciados e aspectos mais amplos, como a questão da conexão ao sistema", afirmou Zilmar de Souza, assessor de bioeletricidade da Unica. Segundo ele, as usinas de biomassa têm condições de se organizar rapidamente para atender à demanda a ser contratada pelo governo. "O setor tem esse vigor. Em 2010 devemos agregar 2.000MW ao sistema. Agora vai depender das condições do leilão e de quanto será contratado".
Para Pedro Perrelli, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a decisão é importante para garantir regularidade ao crescimento da fonte no País e desenvolver uma indústria local. "Os leilões específicos são não só importantes, são necessários", afirma o executivo, ressaltando a complementaridade da energia eólica com as hidrelétricas.
Perrelli acredita que o governo deverá contratar um montante próximo aquele registrado no primeiro leilão de energia eólica do País, que aconteceu em dezembro de 2009. Na ocasião, foram contratadas usinas que somam 1.805MW de capacidade instalada. No primeiro certame, o que surpreendeu foi o preço da energia dos parques, que ficou em média R$148 por MWh.
A questão é se em uma nova licitação o preço alcançaria novamente esse patamar. Sobre isso, Perrelli afirma que prefere não especular, mas garante que ainda há muitos parques com condições de oferecer preços competitivos. "Não acho que os projetos mais eficientes já foram. De 10 mil projetos mapeados, apenas 18% foram aproveitados. Além disso, há novos parques que estão em final de medição e que não tiveram tempo de participar do primeiro leilão e poderão entrar agora".
O certame específico para energia eólica, aliás, é apontado como modelo pelo presidente da Asssociação Brasileira de Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto. "O leilão foi muito bem feito pelo governo e trouxe esperança de contratar energia barata e limpa ao invés de térmicas", avalia.
O executivo, que acredita que a demanda não deve ultrapassar os 2.000MW médios, mostra preocupação com o preço-teto a ser estabelecido para a energia. No leilão de A-5, que estava marcado para dezembro e foi adiado, o teto ficou em R$144MWh. "Esse é um preço muito baixo. A APMPE acredita que um valor viável para os empreendimentos, o custo para uma PCH média, fica em torno de R$165MWh". Para Pigatto, uma forma de baixar esse preço seria por meio de incentivos à fonte. "Vamos fazer um trabalho pré-leilão para tentar obter isso. Se formos desonerados em termos tributários como as eólicas foram, certamente o preço ficará mais competitivo". [Jornal da Energia]
"É uma importante sinalização para o segmento. Espero que isso faça parte de uma política efetiva envolvendo também financiamentos diferenciados e aspectos mais amplos, como a questão da conexão ao sistema", afirmou Zilmar de Souza, assessor de bioeletricidade da Unica. Segundo ele, as usinas de biomassa têm condições de se organizar rapidamente para atender à demanda a ser contratada pelo governo. "O setor tem esse vigor. Em 2010 devemos agregar 2.000MW ao sistema. Agora vai depender das condições do leilão e de quanto será contratado".
Para Pedro Perrelli, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a decisão é importante para garantir regularidade ao crescimento da fonte no País e desenvolver uma indústria local. "Os leilões específicos são não só importantes, são necessários", afirma o executivo, ressaltando a complementaridade da energia eólica com as hidrelétricas.
Perrelli acredita que o governo deverá contratar um montante próximo aquele registrado no primeiro leilão de energia eólica do País, que aconteceu em dezembro de 2009. Na ocasião, foram contratadas usinas que somam 1.805MW de capacidade instalada. No primeiro certame, o que surpreendeu foi o preço da energia dos parques, que ficou em média R$148 por MWh.
A questão é se em uma nova licitação o preço alcançaria novamente esse patamar. Sobre isso, Perrelli afirma que prefere não especular, mas garante que ainda há muitos parques com condições de oferecer preços competitivos. "Não acho que os projetos mais eficientes já foram. De 10 mil projetos mapeados, apenas 18% foram aproveitados. Além disso, há novos parques que estão em final de medição e que não tiveram tempo de participar do primeiro leilão e poderão entrar agora".
O certame específico para energia eólica, aliás, é apontado como modelo pelo presidente da Asssociação Brasileira de Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto. "O leilão foi muito bem feito pelo governo e trouxe esperança de contratar energia barata e limpa ao invés de térmicas", avalia.
O executivo, que acredita que a demanda não deve ultrapassar os 2.000MW médios, mostra preocupação com o preço-teto a ser estabelecido para a energia. No leilão de A-5, que estava marcado para dezembro e foi adiado, o teto ficou em R$144MWh. "Esse é um preço muito baixo. A APMPE acredita que um valor viável para os empreendimentos, o custo para uma PCH média, fica em torno de R$165MWh". Para Pigatto, uma forma de baixar esse preço seria por meio de incentivos à fonte. "Vamos fazer um trabalho pré-leilão para tentar obter isso. Se formos desonerados em termos tributários como as eólicas foram, certamente o preço ficará mais competitivo". [Jornal da Energia]