sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Maior parque eólico brasileiro será expandido em 50%

O Nordeste pode ser considerado o grande vitorioso do primeiro leilão específico de energia eólica, realizado pelo governo federal no final do ano passado. Dos 71 projetos licitados no certame, que somam pouco mais de 1.800MW de potência, 63 pertencem àquela região.

Contudo, o Rio Grande do Sul, que já possuía a maior central eólica brasileira, conseguiu aumentar ainda mais esta vantagem depois que a Ventos do Sul Energia vendeu no pregão 74MW correspondentes à ampliação de 50% do parque de Osório, que passará a ter 224MW de capacidade instalada quando estes novos projetos entrarem em operação, em julho de 2012.

O pequeno município gaúcho de Osório, que tem 36 mil habitantes, ganhará mais 37 torres eólicas de 100 metros de altura com aerogeradores de 2MW cada, que se juntarão às 75 já existentes, para formarem aquela que deverá ser a segunda maior usina eólica da América Latina. O investimento para desenvolver o empreendimento, que não é confirmado pela empresa, é calculado em torno de US$330 milhões.

Atualmente, a central de Osório, que possui 150MW, é a mais potente da região, mas uma planta de 250,5MW prevista para ser inaugurada no México, também em 2012, deverá tomar esta posição do empreendimento brasileiro.

Para ganhar o direito de ampliação da usina, a Ventos do Sul - uma sociedade entre a Enerfin (91%), controlada pelo grupo espanhol Elecnor, e a fabricante de equipamentos Wobben (9%) - ofertou no leilão 28,3MW médios a R$149,99 cada MWh, valor pouco acima do preço médio do certame, que ficou em R$148,39.

Além do projeto de Osório, a Ventos do Sul também arrematou mais um projeto no leilão eólico. A usina de Palmares do Sul, localizada na cidade gaúcha de mesmo nome, terá 30MW de capacidade. Destes, 22MW foram comercializados no certame ao preço de R$146 por MWh. Os outros 8MW são remanescentes do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).

A reportagem do Jornal da Energia tentou conversar com a Ventos do Sul Energia para saber mais detalhes sobre a construção das usinas, mas a companhia preferiu não se manifestar. [Jornal da Energia]