quinta-feira, 27 de março de 2014

Cemig pede 30% de reajuste por uso de termelétrica

A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) pediu reajuste de 29,74% da tarifa de eletricidade à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A agência avalia custos das empresas antes de decidir sobre reajustes.

Segundo a Cemig, o aumento solicitado, que deve vigorar a partir de abril, leva em conta a alta dos gastos na compra de energia, em razão da necessidade de uso de energia das termelétricas por causa do baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas.

Cemig, Copel (Companhia Paranaense de Energia) e Cesp (Companhia Energética de São Paulo), de Estados governados pelo PSDB, não aderiram ao plano de barateamento da conta de luz em 2013. As três geradoras não renovaram concessões de usinas. Com as devoluções, o governo estima que cerca de 5.000 megawatts médios entrem no sistema no ano que vem. (Folha de S. Paulo)

Governo discute operação de energia com bancos
Em reunião ontem à tarde, em São Paulo, técnicos do governo e representantes dos maiores bancos privados do país discutiram a estrutura da operação de financiamento de R$ 8 bilhoes às empresas de energia, como parte da conta de uso intensivo das usinas térmicas. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) é uma "clearing" que vai tomar o empréstimo de um sindicato de bancos públicos e privados. Com os R$ 8 bilhões, a câmara vai quitar as dívidas da distribuidoras com as empresas geradoras de energia.

O pagamento do empréstimo será feito com o reajuste das tarifas de energia ao consumidor em um prazo de 18 meses. Portanto, conforme a concepção do empréstimo que o governo está apresentando aos bancos, as tarifas de energia nesse período serão reajustadas para pagar o custo mais elevado das usinas térmicas. A garantia que a CCEE vai dar aos bancos que participarem do sindicato será uma portaria da agência reguladora (Aneel) que vai assegurar que o aumento das contas de luz servirá para quitar o financiamento. É uma operação de securitização de recebíveis em condições de mercado. (
Valor Econômico)
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