quarta-feira, 12 de março de 2014

Aporte de R$ 1,2 bi às distribuidoras de energia será pago em até 5 anos

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou nesta quarta-feira (12) que o aporte de R$ 1,2 bilhão da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) às distribuidoras de energia será pago pelos consumidores em até cinco anos. O aporte de R$ 1,2 bilhão foi definido pelo governo na sexta-feira (7).

Segundo Zimmermann, a liberação desses recursos segue o princípio dos aportes feitos no ano passado pela CDE, que já previam a devolução dos recursos pelos consumidores em até cinco anos.

"O decreto alterou algumas cláusulas, mas mantém a mesma característica daquele do ano passado", disse Zimmermann a jornalistas, após Audiência Pública no Senado.

O secretário reiterou que o governo segue estudando soluções para a questão dos gastos das distribuidoras nos próximos meses.

Apagão - O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que não foi identificada causa para o blecaute que atingiu diversas regiões do Brasil no dia 4 de fevereiro. "O relatório não identificou nenhuma causa por falha de proteção, defeito de equipamento ou falha na manutenção", disse. Segundo ele, não se pode afirmar, mas também não se pode descartar que o problema tenha sido causado por "descarga atmosférica". (Reuters)

País precisa reconhecer problema de energia, diz FHC
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse há pouco, em evento sobre os 20 anos do Plano Real, em São Paulo, que o Brasil pode enfrentar o problema da energia e "tem que reconhecer que ele existe". "Na questão da energia, estamos mal porque fizemos mudanças equivocadas na lei de petróleo, na questão de energia elétrica, mudanças equivocadas que paralisaram a alternativa à nossa disposição, que era o álcool da cana", disse FHC. "Estamos numa situação difícil. O governo tem que reconhecer isso e dizer ´´olha, nós vamos enfrentar´´."

O ex-presidente disse não ter condições técnicas de avaliar se já deveria ser feito algum tipo de racionamento. "Quando eu decretei (racionamento), não tinha ligação das redes e nem as termoelétricas", lembrou. De acordo com ele, o que pode acontecer é que o preço da energia fique mais caro. Ele citou a medida do governo de São Paulo sobre incentivo à economia de água pelos consumidores como uma providência correta e, a respeito do governo federal, disse que houve um "descuido, inteiramente", de programas para poupar o uso de energia. (Agência Estado)
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