Com um deságio de 38%, o consórcio IE Belo Monte, formado pela chinesa State Grid (51% de participação) e pelas brasileiras Eletronorte (24,5%) e Furnas (24,5%), controladas pela Eletrobrás, foi o vencedor do leilão da linha de transmissão de Belo Monte, realizado na manhã desta sexta-feira, 7, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O grupo ganhou a disputa ainda na primeira etapa do certame, com uma oferta de Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 434,647 milhões, quantia 38% menor do que o valor máximo estabelecido pela Aneel, de R$ 701 milhões.
O chamado linhão de Belo Monte terá 2,1 mil quilômetros de extensão e será responsável por escoar a energia produzida pela usina para a região Sudeste. O projeto demandará investimento estimado em aproximadamente R$ 5 bilhões.
Venceria o leilão quem apresentasse o maior deságio, e com uma proposta agressiva o consórcio liderado pelos chineses saiu vencedor. Também participaram do certame o consórcio BMTE, formado por Taesa e Alupar, cada uma com 50% de participação, e a Abengoa. O grupo espanhol propôs uma RAP de R$ 620,423 milhões, com deságio de 11,4% em relação ao valor estabelecido pela Aneel, enquanto o BMTE ofereceu uma RAP de R$ 666,482 milhões, com deságio de 4,93%.
O lote leiloado hoje é composto por duas subestações conversoras, instaladas no Pará e em Minas Gerais, e por linhas de transmissão que passarão pelos Estados do Pará, de Tocantins, de Goiás e de Minas Gerais, partindo de Xingu (PA) até o município mineiro de Estreito.
Este foi o primeiro leilão no qual se empregará a tecnologia de ultra-alta tensão em corrente contínua, que tem como principal benefício o baixo nível de perdas técnicas. A nova linha terá 800 kV de tensão, superior aos 765 kV do sistema de transmissão de Itaipu. O Estado de S. Pauo)
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