segunda-feira, 22 de julho de 2013

Metodologia da Aneel não prevê variação de taxas

A mudança no cenário macroeconômico nos últimos meses e a adoção de taxas de retorno mais altas nas concessões de ferrovias justificariam uma nova mudança nos termos das licitações de energia, mesmo depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reduziu a taxa de retorno para investimentos em transmissão no fim de 2012. A avaliação foi feita ao "Estado" por Edvaldo Santana, diretor do órgão regulador. "Vale a pena alterarmos essa taxa de novo? Eu acho que sim", disse o dirigente.

Santana citou como exemplo o fato de que o próprio governo trabalha com taxas de retorno diferenciadas para investimentos em ferrovias. Haverá três taxas: 7,5%, 8% e 8,5%. Para o primeiro lote, entre Açailândia (MA) e Barcarena (PA), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) escolheu o teto.

A metodologia de cálculo usada pela Aneel não prevê esse tipo de variação. Se a linha de transmissão é feita na Região Sudeste ou na Região Norte, a taxa de retorno é a mesma. "Não somos tão ágeis quanto a ANTT e estamos presos a uma outra metodologia, mas acho que eles foram corretos", afirmou Santana. Para a diretora da consultoria Thymos, Thais Prandini, a taxa mais adequada para investimentos de transmissão de 8%. Na Região Norte, o ideal seria algo entre 8% e 10%. (O Estado de S. Paulo)
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