sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cemig e governo mineiro lançam programa para aumentar qualidade no fornecimento

A Cemig e o Governo de Minas lançaram, o Programa Energia em Dobro. A previsão é de investimentos de cerca R$ 100 milhões em 149 municípios que, até o fim de 2014, passarão a contar com dupla alimentação de energia. O programa beneficiará 320 mil consumidores ou cerca de 1,2 milhão de pessoas que vivem nessas cidades.

Dos 774 municípios atendidos pela Cemig em Minas, 149 possuem apenas um sistema de alimentação, ou seja, se a rede que atende ao município apresentar um problema técnico, ou for desligada por um raio, ventania ou queda de árvore, a cidade fica sem energia até a solução do defeito por uma equipe da Cemig. Quando o sistema de dupla alimentação for implantado, o restabelecimento da energia poderá ser feito, remotamente, pelo Centro Integrado de Operação da Distribuição (COD), localizado em Belo Horizonte, normalizando o fornecimento de energia em poucos minutos.

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, afirmou, em seu pronunciamento, que os municípios, sendo 75 deles de pequeno porte e localizados no Norte de Minas, no Leste e nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, estarão mais seguros quanto ao fornecimento de energia. Ele disse ainda que o foco em investir nos municípios menores “é estratégico, planejado e proposital”.

“Quanto mais damos condições melhores de vida aos municípios, aos cidadãos, às comunidades dos municípios menores, significa que esses cidadãos vão ter mais condições de lá permanecer, sendo felizes, querendo morar na sua comunidade, tendo alternativas de estudo, alternativas de boa saúde e oportunidade de atração de empresas”, explicou

Balanço energético aponta queda de participação de renováveis em 2012
O Balanço Energético Nacional 2013, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), identificou uma redução da proporção de renováveis na matriz energética no ano passado. "Apesar do aumento de 1.835MW na potência instalada do parque hidrelétrico, a oferta de energia hidráulica reduziu-se em 1,9% devido às condições hidrológicas observadas em 2012, especialmente na segunda metade do ano", aponta o estudo, divulgado na quinta-feira (20/06).

Segundo a EPE, é justamente a menor oferta hídrica que explica o recuo da participação de renováveis na matriz elétrica, de 88,9% em 2011 para 84,5% neste ano. Contudo, essa participação manteve-se em patamar muito elevado, de 42,4%, significativamente acima da média mundial, calculada em 13,2% pela Agência Internacional de Energia.

"O aumento do consumo final de eletricidade, de 3,8%, puxado pelas famílias e pelo setor de serviços, foi atendido com aumento da geração térmica convencional, especialmente das usinas movidas a gás natural, cuja participação na matriz cresceu de 4,4% para 7,9%. Como decorrência houve aumento das perdas na transformação (o rendimento da planta térmica na conversão para eletricidade é bastante inferior ao da usina hidrelétrica)", explica a EPE.

Apesar do aumento da geração térmica, o setor elétrico brasileiro emitiu, em média, apenas 82 quilos de CO2 para produzir 1 MWh. "É um índice ainda muito baixo quando se estabelecem comparações internacionais. Por exemplo, os setores elétricos americano e chinês emitem, respectivamente, sete e 11 vezes mais", destaca o relatório.

A potência eólica atingiu 1.894MW, o que proporcionou uma geração que praticamente dobrou a fatia desta fonte na matriz elétrica nacional. Clique para ter acesso à versão completa do BEN2013. (Jornal da Energia)
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