A geração de energia com o uso das termelétricas em 2013 pode custar 3,5% na conta. O cálculo é da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia e de Consumidores Livres). A associação disse que esse é um cenário pessimista e que considerou o uso de todas as térmicas por quatro meses (o que inclui as movidas a diesel e óleo combustível) e todas as térmicas movidas a gás natural por oito meses.
A geração térmica neste ano é muito maior do que foi em 2011. Em fevereiro daquele ano, as térmicas representavam 3,10% da geração. Hoje, representam 21,5%.
O impacto na conta poderá ser menor se o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) desligar as térmicas antes. Oficialmente, o operador aguarda o fim do período de chuvas para ver o nível dos reservatórios das hidrelétricas ao final de abril.
Mesmo com a recuperação do nível dos reservatórios, é plausível que o ONS mantenha a geração térmica combinada com a geração de hidrelétricas.
Governo e ONS evitariam assim nova baixa dos reservatórios, entre maio e outubro. Dessa forma, o setor elétrico ficaria menos exposto. O desafio do governo é monitorar a geração térmica sem afetar a redução de 18% na conta de luz. (Folha de S. Paulo)
Térmica a gás de Uruguaiana volta a operar
A térmica a gás natural AES Uruguaiana (RS) retomou a operação no sábado, 2 de fevereiro. Segundo os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a usina produziu 21 megawatts (MW) médios no sábado e 84 MW médios no domingo. Nesse primeiro momento, poderá gerar 164 MW médios, mas existe a expectativa de que passe a produzir 494 MW médios em março. A retomada da usina foi viabilizada com a importação de gás natural liquefeito (GNL) de Trinidad & Tobago pela Petrobrás. Esse gás foi entregue na semana passada no terminal de regaseificação de Bahía Blanca, na Argentina, e veio ao Brasil por meio de um gasoduto que vai até a cidade de Uruguaiana (RS).
A primeira carga de GNL tem 34 milhões de metros cúbicos e foi trazida ao Brasil pela Sulgás. Uma segunda carga de GNL, também de 34 milhões de metros cúbicos, está prevista para ser entregue na Argentina este mês. A AES Uruguaiana foi autorizada pelo governo federal a gerar por dois meses até março. A entrada dessa usina tem como objetivo reforçar o abastecimento de energia no Sul do País diante do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas neste momento. A retomada da térmica, que teve o suprimento de gás cortado em 2008 pela estatal argentina YPF, demandou investimentos de R$ 17 milhões da AES Brasil. (O Estado de S. Paulo)
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