sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Chuva ‘irregular’ complica setor elétrico

Minas, interior de São Paulo e al­gumas áreas de Goiás. São nes­ses locais que estão localizados os maiores reservatórios do País, nos rios Grande e Parnaíba. 

A Hidrelétrica de Furnas, que tem uma das maiores represas do País, está com 12,58% de arma­zenamento de água. Já Itumbiara, outra importante usina da região, está com 9,77%. 

"Estamos no meio da estação ; chuvosa e os reservatórios estão extremamente baixos. Para re­verter essa situação, teria de cho­ver o dobro da média em janeiro, fevereiro e março. Ou seja, 1.200 milímetros", diz Nascimento, 

Ele pondera, entretanto, que | prever quantidade de chuva é um dos cálculos mais complica­dos de se fazer. "De qualquer for­ma, a previsão de agora é esta." 

Para o especialista em energia Roberto D"Araujo, para conse­guir suportar o consumo do ano . inteiro, os reservatórios do Su­deste/Centro-Oeste teriam de chegar a maio com 44% de arma­zenamento, "Isso para passar . raspando no risco." 

D"Araujo, que já fez parte da equipe da Eletrobrás, defende a construção de mais usinas no País para evitar esse tipo de situa­ção. Segundo ele, as térmicas que hoje estão sendo usadas só funcionam em alguns períodos, quando os reservatórios já estão num nível bastante reduzido. 

Desde outubro, todas as térmi­cas estão em operação. Algumas, no entanto, não conseguem ge­rar o programado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No Nordeste, as térmi­cas produziram 500 megawatts (MW) médios menos do que o previsto no dia 2. No Sudeste/ Gentro-Oeste, foram 200 MW médios. Para complementar age- ração, as duas regiões recebe­ram ajuda. O Nordeste teve 1.101 MW do Norte e o Sudeste/Centro-Oeste, 2.417 MW do Sul. (O Estado de S. Paulo)

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