O país ficou sem energia durante 18 horas e 24 minutos no ano passado segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse tempo é superior ao limite máximo de 16,23 horas estabelecido pela agência. Faltou energia 11,15 vezes em 2011 para um total de 69 milhões de unidades consumidoras. Já em 2010, os brasileiros ficaram sem energia 18,36 horas, e em 2009, outras 18,77 horas.
Desde 2000, a Aneel acompanha a qualidade e o desempenho das empresas, mas o balanço só contabiliza interrupções de rotina. Não são computados, por exemplo, programas de racionamento da União, como o de 2001, e os desligamentos para alívio de carga pedidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), como o do último dia 3, que atingiu 13 estados.
Desde 2000, a Aneel acompanha a qualidade e o desempenho das empresas, mas o balanço só contabiliza interrupções de rotina. Não são computados, por exemplo, programas de racionamento da União, como o de 2001, e os desligamentos para alívio de carga pedidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), como o do último dia 3, que atingiu 13 estados.
Mais compensações no sudeste
No dia 3 de outubro, depois de detectar um problema na subestação de Furnas, o ONS enviou um pedido para que as distribuidoras desligassem a energia em vários bairros e cidades do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, a fim de reduzir a carga do sistema e evitar uma pane ainda maior.
O desempenho das empresas tem repercussão na tarifa cobrada dos consumidores. A Aneel estabeleceu metas de qualidade no Terceiro Ciclo de Revisão Tarifária. Quanto mais falhas de luz, menor a conta do consumidor.
Pela regulamentação, as empresas também são obrigadas a ressarcir os usuários pelo índice máximo de falta de energia e de horas que o consumidor ficou sem luz. Anteriormente, elas pagavam multas. No ano passado, os consumidores receberam R$ 385,1 milhões. O maior número de compensações (39,68 milhões) e o maior valor pago (R$ 128,82 milhões) foi no Sudeste.
No Nordeste, foram pagos R$ 59,9 milhões pelas distribuidoras aos seus 22,39 milhões de clientes, e, no Norte, a compensação atingiu R$ 109,81 milhões, distribuídos entre 18,5 milhões de unidades consumidoras. Em 2010, em todo o país, 94,8 milhões de consumidores receberam R$ 360,80 milhões das empresas por compensação à falta de energia.
Além do índice da falta de energia por empresa, também existem índices específicos por consumidor, como a Duração de Interrupção por Unidade Consumidora (DIC) e a Frequência de Interrupção por Unidade Consumidora (FIC), que podem ser conferidos na conta de luz. Caso a empresa não consiga cumprir essas metas, também terá de ressarcir o usuário. A compensação deve ser creditada na fatura em até dois meses após o período de apuração, quando ocorreram as interrupções. (O Globo)
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